Adelina tinha o dom da culinária e uma mente criativa para elaborar suas receitas. O união das duas habilidades a transformou em uma grande cozinheira, uma das mais conhecidas salgadeiras e confeiteiras da Mooca, bairro da zona leste de São Paulo.
"Ela estava à frente do seu tempo. Produzia bolos artísticos e criativos numa época em que ninguém fazia. Minha mãe também foi uma das primeiras a fazer ovos de páscoa caseiros. As pessoas faziam fila na porta da casa dela para a retirada de encomendas", conta a técnica em nutrição Elisa Betty Del Fiume Costa, 49, sua filha.
Autodidata na culinária e no empreendedorismo, Adelina também arrasava nas massas e nos congelados. "Ela ia até a casa das pessoas e passava o dia cozinhando congelados", diz Elisa.
Filha de imigrantes italianos, Adelina nasceu e passou a infância em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), e começou a trabalhar cedo com colheita de algodão. Ainda criança mudou-se para a Mooca.
Em 1955, veio o casamento —foram 60 anos de união, até ficar viúva. Ela foi uma mulher dedicada ao marido e aos filhos.
Adelina estava sempre sorridente. Era amorosa, preocupada com o bem-estar dos outros, carinhosa e uma mulher de muita fé, que orava por todos que necessitavam.
Com a mesma perfeição que cozinhava para fora, também cuidava da mesa de casa, sempre farta. Adelina gostava de boa conversa e de reunir a família em almoços de domingos e em festas.
Adelina Del Fiume Costa morreu dia 12 de maio, aos 87 anos. Ela tinha insuficiência cardíaca, entre outros problemas de saúde. Viúva, deixa quatro filhos, seis netos e um bisneto.
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