Descrição de chapéu Folhajus

Justiça do Rio determina a volta da mãe do menino Henry para a prisão

Acusada de homicídio, Monique Medeiros cumpre prisão domiciliar desde abril

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Rio de Janeiro

A Justiça do Rio de Janeiro determinou nesta terça-feira (28) que Monique Medeiros, mãe do menino Henry do Borel, 4, volte para a prisão. Ela e o companheiro, o ex-vereador carioca Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, são acusados pelo homicídio da criança, em março de 2021.

A decisão anula a determinação anterior da 1ª instância, que previa a prisão domiciliar de Monique com monitoramento desde 5 de abril.

mulher de camisa branca fala ao microfone em plenário de madeira do tribunal de justiça no Rio, com público ao fundo
Monique Medeiros durante audiência no Tribunal de Justiça no Rio, em fevereiro deste ano - Divulgação/Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro

Na época, o pedido foi feito pelo advogado de defesa, Thiago Minagé, em razão de supostas ameaças recebidas no presídio por Monique.

A ré responde por homicídio praticado com tortura com violência extremada. Ela sempre negou qualquer envolvimento com a morte do filho.

O advogado de defesa não respondeu aos telefonemas da reportagem para comentar a decisão.

​Monique se apresentou ao 16ª DP (Barra da Tijuca) na noite de terça-feira.

A ordem é do desembargador Joaquim Domingos de Almeida Neto, da 7ª Câmara Criminal. Por medida de segurança, de acordo com o Tribunal de Justiça, Medeiros ficará detida em batalhão prisional até que sejam apuradas as citadas ameaças.

Para o desembargador, relator do processo, o fato de ela estar em local sigiloso impede a fiscalização pelo MP. A prisão domiciliar, segundo o desembargador, também dificulta que o Estado possa assegurar a integridade da acusada.

Ele analisou ainda que, na decisão de 1ª instância, foi concedida liberdade sem determinação de alvará de soltura e que não houve comprovação das ameaças alegadas pela defesa de Monique para a concessão da medida.

Monique Medeiros disse durante audiência de instrução, em fevereiro deste ano, que foi intimidada e ameaçada de morte dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, onde está detida.

sala do tribunal do juri do Rio, com juiza, advogados de toga preta e réu sentado falando ao microfone em tribuna de madeira
Interrogatório do ex-vereador Jairinho (sentado ao lado de advogada), em junho deste ano - Reprodução / TV globo

Em depoimento em 13 de junho, Jairinho disse não teve culpa pela morte de seu então enteado. A declaração foi feita durante seu depoimento na 2ª Vara Criminal da capital fluminense, responsável pelo caso.

Na denúncia, o Ministério Público afirma que Jairinho cometeu o crime por sadismo.

Os peritos do Instituto Médico Legal concluíram​ que o menino tinha hematomas nos membros superiores, hematomas e sangue no abdômen, infiltração hemorrágica no crânio, edemas (inchaço por excesso de líquido) no cérebro, contusão no rim e trauma com contusão no pulmão.

Jairinho e Monique foram presos temporariamente em abril de 2021, um mês depois da morte do menino.

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