Descrição de chapéu Obituário Fernando Antônio Abrahão (1962 - 2022)

Mortes: Compartilhou o sorriso e o conhecimento

Fernando Antônio Abrahão morreu em decorrência de um câncer

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São Paulo

Cordial e dono de um sorriso acolhedor, o historiador Fernando Antônio Abrahão gostava de dividir o conhecimento e de conversar com qualquer pessoa, especialmente com os jovens.

Defensor da democracia e da igualdade social, ele nasceu na Freguesia do Ó, na zona norte da capital paulista. Formou-se em história na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo, onde conheceu Eliane, sua mulher.

Fernando Antônio Abrahão (1962-2022)
Fernando Antônio Abrahão (1962-2022) - Fernando Antônio Abrahão no Facebook

Desde 1987, Fernando morava em Campinas (a 90 km de São Paulo). Fez especialização em organização de arquivos e paleografia e mestrado em história social do trabalho, ambos pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Também era doutor em história econômica pela USP.

Durante 30 anos, ele esteve à frente dos arquivos históricos do Centro de Memória-Unicamp. Em 2015, assumiu uma cadeira da Academia Campinense de Letras. Fernando também era presidente do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Campinas desde 2017.

Pelos serviços prestados ao município, recebeu em 2021 o título de Cidadão Campineiro.

Além de historiador, Fernando organizou obras, editou revistas do Instituto Histórico de Campinas e publicou livros. Entre eles, destacam-se "Riqueza e Mobilidade Social na Economia Cafeeira: Campinas, 1870–1940" (Pontes, 2019), "Crimes e Criminosos da Campinas Cafeeira. 1880 a 1930" (Pontes, 2018), ambos publicados na coleção Memória de Campinas, do Instituto Histórico.

A obra "As Ações de Liberdade de Escravos do Tribunal de Campinas" (Unicamp, 1992) rendeu a ele o diploma de mérito Zumbi dos Palmares, pela Câmara Municipal de Campinas.

Torcedor do São Paulo, Fernando não deixou o futebol de fora de suas obras. "XXV de Agosto Futebol Clube: uma história do futebol amador em São Paulo" (Pontes, 2016), retrata a trajetória de um time de várzea da Freguesia do Ó.

No mesmo bairro, viveu a juventude nos bailes de garagem. Apaixonado por música, tinha "We’re All Alone", de Boz Scaggs, como uma das preferidas.

Fernando morreu dia 26 de junho, aos 59 anos, em decorrência de um câncer. Há 33 anos, estava casado com a historiadora e pesquisadora da Unicamp Eliane Morelli Abrahão, 58. Além da mulher, deixa a mãe, irmãos e sobrinhos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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