Descrição de chapéu Obituário Sandra Helena Alves de Freitas (1966 - 2022)

Mortes: Militante social, agregou às lutas a doçura e a humanidade

Sandra Helena Alves de Freitas era feminista e militante social

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São Paulo

Os dias de Sandra Helena Alves de Freitas estavam tristes e angustiantes. No dia 1º de junho, ela perdera a companheira de vida e militância, Rosa da Fonsêca (1949-2022), ex-vereadora por Fortaleza.

No dia 22 deste mês, menos de um mês após a partida de Rosa, Sandra morreu, aos 56 anos, quatro dias depois de sofrer um infarto.

Assim como Rosa, ela militava no Crítica Radical —fundado na década de 1970, o grupo contribuiu para a reorganização dos movimentos sociais no Ceará e restante do país. Sandra estava no grupo havia mais de 40 anos. Também atuava na União das Mulheres Cearenses.

Sandra Helena Alves de Freitas (1966-2022)
Sandra Helena Alves de Freitas (1966-2022) - Arquivo pessoal

Feminista e militante social, Sandra abraçava causas relacionadas a questões sociais, como direitos, moradia e meio ambiente, e defendia a luta anticapitalista.

Na militância e entre os amigos, Sandra era a Sandrinha. Para a irmã, a farmacêutica Ana Cláudia Alves de Freitas, 45, ela será sempre Tanda.

"Ela era o amor, o carisma e a bondade. Tanda dedicou sua vida a ajudar o próximo. A partida dela deixou uma lacuna. Perdi uma amiga, confidente, uma segunda mãe e a minha base", diz Ana Cláudia.

"Sandrinha era um exemplo de uma alegria fluida, livre, compartilhada, que parecia infinita. Nos gestos, sempre trazia a fibra maior de uma solidariedade quase devocional", afirma o jornalista Daniel Fonsêca, 39, amigo e sobrinho de Rosa, sua companheira.

Natural de Fortaleza, Sandra tinha cinco irmãos, sendo três homens. Das mulheres, ela era a mais velha.

Pacata, gostava do descanso perto do mar, da família e dos amigos.

Formou-se professora no Instituto de Educação do Ceará, trabalhou pouco tempo numa creche e logo mudou sua trajetória, em direção à militância social, sempre com humanidade, uma de suas marcas.

Prestativa e livre de preconceitos, acolhia todos com doçura.

"Nunca a ouvi dizer ‘não gosto de tal pessoa’. Para ela, o ser humano era encantador", relata Ana Cláudia.
Sandra deixa os pais, irmãos, sobrinhos e uma legião de amigos.

"A Tanda nos ensinou a plantar o amor, sermos solidários e a lutar por um mundo melhor", afirma Ana Cláudia.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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