Descrição de chapéu Obituário Ronaldo Pimentel da Silva (1958 - 2022)

Mortes: Referência de gerações, fez parte da história do funk carioca

DJ Mamute animou bailes com até 5.000 pessoas

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São Paulo

O mundo do funk despediu-se de Ronaldo Pimentel da Silva, o DJ Mamute. Ele morreu dia 15 de junho, aos 64 anos, e levou parte da história desse gênero musical e da cultura carioca.

Reinaldo da Silva Pereira, o DJ Baixinho, conta que o apelido Mamute foi dado por outro nome importante da música na cidade, o DJ Big Boy (1943-1977). "Big Boy o olhou, viu que era cabeludo e comentou ‘você parece até um mamute’".

Referência para muitos DJs e MCs, Mamute foi o autor de montagens históricas do funk —como "Homem Mau", "Jack Matador", Shaolin e "Big Mute".

Ronaldo Pimentel da Silva, o DJ Mamute (1958-2022)
Ronaldo Pimentel da Silva, o DJ Mamute (1958-2022) - Ronaldo Pimentel (DJ Mamute) no Facebook

Segundo o analista de sistemas Rafael Coimbra, 41, amigo e parceiro, a música entrou para a vida de DJ Mamute ainda criança. "Ele começou a discotecar para os amigos com cerca de 11 de idade, quando ganhou uma vitrola e uma caixa amplificada de presente da mãe", conta.

Os tios tinham uma banda e todas as quartas ele assistia aos ensaios na casa dos avós. Um deles o levava ao baile da matinê do Clube Agra.

Fascinado pela atividade desde pequeno, ficava na cabine com o discotecário (termo usado antigamente) e anotava os nomes das músicas que ele tocava. Na segunda-feira subsequente, comprava os discos em lojas do centro de Niterói. Por volta de 12 anos, com grande quantidade de LPs, passou a tocar em festas nas casas dos colegas.

Sérgio Bellas deu-lhe a primeira oportunidade como discotecário, no Onze Unidos Esporte Clube, em Niterói. Mamute tinha 14 anos. Sérgio também o apresentou ao dono da Pipos, onde atuou durante muitos anos.

"A morte do DJ Mamute abre uma lacuna no mundo do funk do Rio de Janeiro. Foi um dos que deu início ao batidão carioca. Ele carregou o nome da Pipos por muitos anos e foi a abertura para muitos DJs tocarem lá. Era querido em qualquer equipe do Rio de janeiro. Quem não queria ter o Mamute? Um cara simples, humilde, acessível e de amizade fácil", diz DJ Baixinho.

DJ Mamute construiu uma trajetória de mais de 45 anos. Animou bailes com até 5.000 pessoas em São Gonçalo, Niterói e na cidade do Rio.

Ele morreu dia 15 de junho, aos 64 anos, após sentir-se mal. Deixa duas filhas.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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