Descrição de chapéu cracolândia

Suposto chefe do PCC é preso em hotel na cracolândia, no centro de SP

Homem conhecido como Sistemático estava foragido; segundo a polícia, ele era responsável pelo controle na região

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São Paulo

A Polícia Civil anunciou ter prendido um chefe da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) durante uma operação em um hotel na região da cracolândia, no centro de São Paulo, na noite de quinta-feira (23).

Anderson Mendes Machado, apelidado de Sistemático, seria a "disciplina do centro velho", ou seja, o responsável por fiscalizar as regras impostas pela facção na região. O homem foi encontrado em um dos quartos de hotel localizado na avenida Rio Branco.

Sistemático era uma dos alvos da Operação Caronte, que tem como foco sufocar o tráfico de drogas na cracolândia. Ele tinha mandado de prisão expedido pela Justiça na operação e já era procurado após fugir do presídio de Franco da Rocha, na Grande São Paulo. A reportagem não localizou a defesa dele.

Drogas, dinheiro e celulares estão colocados por sobre a mesa na delegacia
Dinheiro, celulares e drogas apreendidos durante ação em hotel na região da cracolândia - Polícia Civil/Divulgação

Outros dois homens foram presos. Segundo a polícia, eles guardavam 24 porções de crack e duas balanças de precisão. Um adolescente também foi apreendido. Em seu quarto foram encontradas porções da droga. Os suspeitos estavam em cômodos diferentes do hotel.

No total foram apreendidos R$ 538, uma agenda de contabilidade, maconha, faca e estilete.

"Quando nós interditamos os hotéis em torno da praça Júlio Prestes houve uma migração para alguns hotéis ali na região da Rio Branco", disse o delegado Roberto Monteiro, da 1° Delegacia Seccional Centro.

Segundo ele, o local não tinha condições sanitárias para funcionar e funcionava principalmente por causa do tráfico de drogas. "Ali, por R$ 10 por hora, se pode consumir droga à vontade, e o traficante fica lá vendendo droga para os dependentes químicos".

Um dia antes da ação no hotel, policiais civis e guardas-civis metropolitanos haviam realizado uma outra operação na região. A ação se concentrou no recuo de um banco na avenida Duque de Caxias.

Desde a ação que resultou na expulsão de moradores de rua e usuários de drogas da praça Princesa Isabel, em maio, alguns usuários passaram a ficar no local.

A operação ocorre após protestos de moradores do entorno da estação Júlio Prestes promoverem um protesto pedindo mais segurança na região. Os manifestantes chegaram a passar em frente à agência bancária.

Desde a mudança da cracolândia para a rua Helvétia, a polícia tem feito operações seguidas contra o tráfico de drogas e para tentar facilitar a circulação dos moradores da região. No dia 15, por exemplo, a prefeitura utilizou cones e fitas para isolar os dependentes químicos que continuam no quarteirão da rua Helvétia, entre a avenida São João e a alameda Barão de Campinas.

Com isso, usuários de drogas e moradores de rua agora ocupam uma das pistas do lado esquerdo da via, enquanto a outra parte está liberada para o trânsito de automóveis e a passagem de pedestres.

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