Descrição de chapéu cracolândia

Desde dispersão da cracolândia da praça Princesa Isabel, usuários peregrinam pelo centro de SP

Principais fluxos se concentraram nas ruas Helvétia e Doutor Frederico Steidel, além da avenida Rio Branco; na terça (5), rua dos Gusmões foi tomada

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São Paulo

Quase dois meses após a realização de uma ação policial que dispersou usuários de drogas que viviam na na praça Princesa Isabel, no centro de São Paulo, o fluxo da cracolândia já ocupou diversas ruas da região.

Fluxo é o nome dado para a concentração de usuários de drogas em um determinado ponto.

Em 11 de maio deste ano, Polícia Civil e Prefeitura de São Paulo realizaram uma megaoperação contra o tráfico na Princesa Isabel, que desde março tinha virado o endereço da cracolândia. Naquele dia, 36 pessoas foram presas por tráfico. A ação também marca o início da migração de usuários pelas ruas da região central.

Fluxo da cracolândia concentrado na rua dos Gusmões, esquina com avenida Rio Branco, no centro de São Paulo
Fluxo da cracolândia concentrado na rua dos Gusmões, esquina com avenida Rio Branco, no centro de São Paulo - Danilo Verpa/Folhapress

Nos dias seguintes, as ruas Helvétia e Doutor Frederico Steidel, separadas pela avenida São João, se tornaram os principais pontos da nova cracolândia. O fluxo aumentou a incidência de furtos e estimulou moradores a organizarem grupos para compartilharem atualizações sobre a movimentação dos usuários.

Recentemente, a prefeitura utilizou cones e fitas para isolar os dependentes químicos na Helvétia. Com isso, uma das pistas ficou liberada para o trânsito de automóveis e pedestres.

Com o passar dos dias, usuários também se concentraram em um trecho da avenida Rio Branco, entre as ruas dos Gusmões e General Osório. O novo fluxo era monitorado pela Polícia Militar, mas sem a presença da GCM (Guarda Civil Metropolitana), que podia ser encontrada na praça Princesa Isabel, a algumas quadras do local.

Tomado o canteiro central da avenida Rio Branco, os dependentes químicos e moradores de rua também transitavam por uma das faixas da via, no sentido viaduto Orlando Murgel, impedindo o trânsito de veículos naquele trecho. Houve ação da polícia, na última quinta-feira (30), para impedir a presença do grupo no local.

Na última terça-feira (5), o fluxo migrou para a rua dos Gusmões, na altura da avenida Rio Branco, próxima de um dos mais conhecidos centros comerciais da cidade, a rua Santa Ifigênia, com lojas especializadas em produtos eletroeletrônicos.

Comerciantes estão apreensivos e redobraram a atenção para a segurança das lojas. Entre a madrugada e manhã desta quarta-feira (6), comércios foram saqueados. Houve quebra-quebra e confronto. As ruas da Santa Ifigênia, dos Gusmões e Guaianases ​foram as mais afetadas.

A prefeitura diz, em nota, que uma patrulha do grupo de operações especiais da GCM avistou grupos de pessoas tentando invadir três lojas. Quatro pessoas foram presas. Na tentativa de fuga, um dos homens se feriu e foi socorrido pelos agentes da GCM.

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