Roubos e furtos em SP no 1º semestre sobem e se aproximam de nível pré-pandemia

Estado registrou aumento na quantidade de furtos; capital, nos registros de roubo

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São Paulo

Os casos de furtos e roubos no primeiro semestre de 2022 no estado de São Paulo já se aproximam dos níveis registrados no mesmo período de 2019, antes da pandemia de Covid-19.

Com a crise sanitária e a implementação de medidas que restringiram a circulação de pessoas, como o fechamento do comércio, vários indicadores de violência diminuíram. Agora, com o relaxamento dessas ações, os casos têm voltado a subir.

A alta nos índices criminais ligou o sinal de alerta na cúpula de segurança paulista que, no mês de maio, implantou a Operação Sufoco, com um maior número de policiais nas ruas, além das trocas nos comandos das Polícias Civil e Militar, anunciada dias antes.

Novas viaturas da Polícia Militar são entregues em cerimônia em São José do Rio Preto
Novas viaturas da Polícia Militar são entregues em cerimônia em São José do Rio Preto - Divulgação/Governo de São Paulo

No estado, a quantidade de ocorrências de furtos de janeiro a junho deste ano registrou leve alta no comparativo com o mesmo período de 2019. Foram 275.998 casos contra 271.311, segundo dados divulgados pela SSP (Secretaria da Segurança Pública) nesta segunda-feira (25).

Já em relação aos roubos, o estado ainda registra números menores em 2022 do que os vistos há quatro anos. Apesar disso, o índice aponta que essa modalidade de crime está crescendo, com uma alta de 9,5% no comparativo entre os seis primeiros meses deste ano com o mesmo período do ano passado.

Na mesma linha do estado, a capital também registrou leve oscilação de registros. No caso de roubo, foram 68.907 ocorrências registradas entre janeiro a junho deste ano, contra 68.170 em 2019. No comparativo entre 2022 e 2021 houve alta de 12%.

Na contramão dos casos de roubo, os registros de furto registraram queda de 4,6% na capital no comparativo entre esse ano (113.479) e 2019 (118.953).

Os números de roubo e furto em São Paulo podem ser maiores, devido à subnotificação, já que muitas das vítimas evitam registrar boletins de ocorrência.

Os casos de latrocínio —roubo seguido de morte— se mantiveram estáveis tanto no estado como na capital.

Entre janeiro e junho deste ano, em todo o estado, foram 85 casos, contra 88 em 2021, 95 em 2020 e 91 em 2019.

Só a capital registrou 30 casos neste ano, 34 no anterior, 26 em 2020, e 32 em 2019.

Foi justamente após um caso de latrocínio —a morte de Renan Silva Loureiro, 20, assassinado em maio por um falso entregador na zona sul da capital— que o governador Rodrigo Garcia (PSDB) anunciou a Operação Sufoco.

A ação, diz a gestão tucana, dobrou o número de policiais na capital por meio de atividades extras e reforçou o policiamento em outras regiões do estado, integrando policiais civis, militares e guardas municipais.

Durante o anúncio, o governador afirmou que o efetivo policial no estado, atualmente em 5.000 agentes, poderia aumentar em até mais 4.740 PMs por dia. Em seu discurso durante a apresentação da operação, Garcia disse que "bandido que levantar arma para a polícia vai levar bala".

Ações de segurança têm sido uma das principais bandeiras de Rodrigo, que deve disputar a reeleição.

Em nota, a SSP afirmou que de janeiro a junho houve queda nos roubos em geral, de veículos, de cargas e a bancos em todo o estado. "No mês de junho, também diminuíram os registros de todas as modalidades de roubos, inclusive na capital. Os roubos de veículos caíram 34,5%, de 1.802 para 1.180 boletins, 622 casos a menos. Este foi o menor total da série histórica no mês, sem considerar os anos de afetados pela pandemia."

Em outro trecho, a pasta disse que "o trabalho das polícias paulistas no estado, no mês de junho, resultou em 13.258 prisões e na apreensão de 834 armas de fogo ilegais".

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