Descrição de chapéu Obituário Osvaldo da Silva (1913 - 2022)

Mortes: Aos 108, gostava de samba e de contar histórias

Osvaldo da Silva tinha alimentação regrada e muitos cuidados com a saúde

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São Paulo

Sargento reformado da Polícia Militar de Santa Catarina, Osvaldo da Silva passou o último Dia dos Pais com a família. Aos 108 anos, os abraços e beijos que trocou ali acabaram servido como despedida. Ele morreu no dia seguinte, em 15 de agosto, após sofrer uma parada cardíaca.

Natural de Florianópolis, Osvaldo era considerado o PM mais velho do estado de Santa Catarina, segundo Fábio Luiz de Oliveira, 49, 2º sargento reformado da corporação e o único na família a seguir a carreira do avô.

Osvaldo foi registrado aos dez anos de idade e costumava contar histórias sobre sua infância sofrida. Desde cedo, ajudava a mãe, empregada doméstica, na casa em que ela trabalhava.

Osvaldo da Silva (1913-2022)
Osvaldo da Silva (1913-2022) - Arquivo pessoal

Em 1944, entrou na Polícia Militar —foi para a reserva 23 anos depois. Mesmo cansado, Osvaldo era dinâmico e não gostava de ser tratado como idoso. Dispensava a cadeira de rodas, preferindo caminhar com apoio de uma bengala.

Dono de memória invejável, chegou lúcido aos 108. Osvaldo tinha alimentação regrada, até porque era diabético. Gostava de uma cervejinha, mas sem exageros.

Em sua casa, as visitas eram sempre bem recebidas, com um sorriso no rosto e uma porção de casos dignos de um grande contador de histórias. Osvaldo falava sobre sua vida, sobre como criou os filhos e os causos da PM. Ele sabia tudo a respeito de Florianópolis.

Apaixonado por samba, foi o baluarte da Sociedade Recreativa Cultural e Samba Embaixada Copa Lord.

Osvaldo recebeu algumas homenagens em vida, entre elas, da própria Polícia Militar, no ano passado.

"Ele ergueu a cabeça perante os problemas, foi um homem honesto e íntegro, e serviu de inspiração para mim", diz Fábio, que assinou a reserva remunerada no mesmo dia da morte do avô.

"Meu avô nos deixou muita gratidão, a importância de viver a vida e de reunir a família. Queria estar perto das pessoas que amava." Osvaldo teve dois casamentos e dez filhos. Viúvo, deixa nove filhos, 33 netos, 34 bisnetos e dois trinetos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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