PM é denunciado por morte de menina de 6 anos em Porto de Galinhas

Criança morreu após levar um tiro no peito durante operação em março deste ano

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Recife

O Ministério Público denunciou à Justiça, nesta terça-feira (16), o policial militar Diego Felipe de França Silva pela morte de Heloysa Gabriela da Silva Fernandes Nunes, 6, durante uma ação policial em Porto de Galinhas, na cidade de Ipojuca, no Grande Recife. Ela foi morta com um tiro no peito em 30 de março deste ano na Comunidade de Salinas.

A reportagem procurou Silva, mas ele não atendeu às ligações. Inquérito da Polícia Civil apontou o PM como responsável pelo disparo.

De acordo com a corporação, o militar foi realocado da atividade operacional para outra função.

Testemunhas que moram na localidade afirmaram que os policiais do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) entraram na comunidade atirando, contestando a versão da polícia de que teria havido uma troca de tiros.

Moradores da comunidade Salinas, em Porto de Galinhas, litoral sul de Recife (PE), após morte de menina de 6 anos em março deste ano - Rafael Vieira/Código 19/Agência O Globo

Moradores também se queixaram à época de brutalidade por parte dos policiais.

Houve uma onda de protestos, provocando o fechamento do comércio e afetando serviços de turismo. O Governo de Pernambuco reforçou o policiamento em Porto de Galinhas na ocasião.

A denúncia do Ministério Público, por homicídio, foi protocolada na Vara Criminal da Comarca de Ipojuca. O policial responde em liberdade.

A Folha mostrou que entidades ligadas aos direitos humanos denunciaram à ONU (Organização das Nações Unidas) e à Corte Interamericana de Direitos Humanos casos de violência policial em Porto de Galinhas.

Em nota, a Polícia Civil confirmou que o inquérito do caso Heloysa foi concluído com indiciamento e remetido à Justiça.

A PM disse que concluiu o inquérito policial militar, que foi remetido à Central de Inquéritos da Capital.

Na esfera administrativa, segundo a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, "a Corregedoria Geral instaurou uma investigação preliminar, que está em fase de relatório".

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