Polícia investiga possível envenenamento de cães na zona sul de São Paulo

Dois boletins de ocorrência foram registrados por moradores da Vila Mariana; prefeitura diz que reforçou zeladoria

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São Paulo

A polícia de São Paulo investiga duas denúncias de possível envenenamento de animais na Vila Mariana, na zona sul.

De acordo com o boletim de ocorrência de um dos casos, dois cães de uma moradora do bairro teriam sido envenenados após uma mulher jogar veneno no quintal da casa. A suspeita foi vista em imagens de câmeras de segurança.

A dona dos cães encontrou uma poça de vomito com sangue no quintal e socorreu os animais.

O cão Átila, do diretor de arte Nicholas de Andrade Hannud, 30, foi socorrido com suspeita de envenenamento
O cão Átila, do diretor de arte Nicholas de Andrade Hannud, 30, foi socorrido com suspeita de envenenamento - Arquivo pessoal

​Os cães foram levados à clínica Life Care, também na Vila Mariana. O laudo, emitido pelo veterinário Darlan Antonio Pinheiro, confirma a intoxicação e indica que os sintomas coincidem com um tipo de veneno contra ratos que causa hemorragia.

Pinheiro afirma que, desde o fim de julho, sua clínica recebeu dez cães com sintomas compatíveis com envenenamento. Quatro deles tiveram diagnóstico confirmado pelo veterinário.

O caso foi registrado no 6º DP (Cambuci) no dia 1º de agosto, mesmo dia em que o diretor de arte Nicholas de Andrade Hannud, 30, prestou queixa no mesmo distrito policial sobre o suposto envenenamento do seu cachorro, Átila.

Segundo Hannud, Átila comeu algo durante um passeio na praça Rosa Alves da Silva. "Íamos lá todos os dias. Moro na esquina da praça", conta. Durante três dias, o animal vomitou e apresentou sangue nas fezes.

"A veterinária disse que ele tinha sintomas de intoxicação por veneno, mas que não era chumbinho, senão teria morrido", afirma.

O laudo veterinário de Átila indica suspeita de intoxicação ou de gastroenterite. Devido à agitação do cachorro, a veterinária não conseguiu fazer outros exames para confirmar a intoxicação, de acordo com Hannud.

Práticas como abusar, maltratar, ferir ou mutilar animais domésticos são consideradas crimes contra o meio ambiente. O responsável, se condenado, está sujeito a multa e prisão de três meses a um ano.

Caso o crime tenha sido cometido contra cão ou gato, a pena sobe para dois a cinco anos, com multa e proibição da guarda de animais. Se o animal morrer, a pena pode aumentar de um sexto a um terço.

A Prefeitura de São Paulo diz que "tomou conhecimento" das denúncias feitas por moradores e que reforçou ações de zeladoria nas praças Rosa Alves da Silva e Ayrton Senna, no Paraíso, além das ruas do entorno citadas em denúncias.

A gestão Ricardo Nunes (MDB) não informou quais foram as ruas citadas ou quantas denúncias já recebeu.

Já a Secretaria da Segurança Pública do estado confirmou que investiga dois casos de suposto envenenamento de cães, ambos registrados no 6º DP.

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