Antes de uma semana que tem previsão de frio e chuvas mais intensas, a cidade de São Paulo teve um dia com qualidade do ar ruim, pancadas de chuva e queda de temperatura.

Durante boa parte desta sexta-feira (5), a medição da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) mostrava que qualidade do ar na região metropolitana era ruim.

A situação mudou durante a tarde, quando pancadas de chuva chegaram a locais como o Grajaú, no extremo sul da capital, local, hoje, com a maior concentração de poluentes em toda a região metropolitana.

A Cetesb classifica a qualidade do ar em uma escala que vai de N1-boa à N5-péssima. Entre elas há N2-moderada, N3-ruim e N4-muito ruim.

Com as chuvas desta tarde, qualidade do ar, na maioria da cidade, passou para moderada. Além disso, as temperaturas despencaram. Em Parelheiros, também no extremo sul, termômetros, que marcavam 20°C às 13h, apontavam 14°C às 17h.

Trabalhadores que passavam pelo Terminal Parelheiros reclamavam do frio e afirmavam terem sido pegos de surpresa pela mudança repentina do clima.

A pedagoga Alessandra Freire, 21, disse que não esperava a virada do tempo. "Sorte que tinha um casaco e um cachecol na bolsa". Já o guarda-chuva foi esquecido em casa. "O tempo estava tão seco durante a semana. Quem esperava?", diz ela.

Lúcia Guardani, gerente da divisão de qualidade do ar da Cetesb, diz que mesmo o ar classificado em situação moderada já pode causar desconforto em pessoas com doenças respiratórias. "O mais importante é se atentar e seguir todas as recomendações cabíveis para evitar maiores danos à saúde".

Em seu site, a companhia indica que, nessas situações, pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares devem reduzir esforço pesado ao ar livre. Além disso, diz que aqueles com doenças respiratórias podem apresentar sintomas como tosse seca e cansaço.

A qualidade do ar deve melhorar na próxima semana, quando a formação de uma área de baixa pressão próxima do litoral paulista deve provocar tempo instável na Grande São Paulo, com frio e pancadas de chuva.

Segundo Thomaz Garcia, meteorologista do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo, a previsão é de céu nublado a encoberto no sábado (6), quando não há expectativa de chuvas.

Os termômetros oscilam entre 13°C e 20°C. No domingo (7), céu nublado com algumas aberturas de sol entre o fim da manhã e o início da tarde. À noite, há possibilidade de garoa. Mínima de 14°C e máxima de 22°C.

Entre segunda-feira (8) e quarta-feira (10), há previsão de chuvas com mais intensidade do que as desta sexta-feira, "o que vai melhorar a qualidade do ar em São Paulo", afirma Garcia. A tendência é de temperaturas mais baixas em comparação à primeira semana de agosto.

COMO SE PROTEGER EM DIAS SECOS?

• A dica mais importante é hidratar-se muito, não importa se com água, suco natural ou chá. Dê preferência, também, a alimentos com menos sal ou condimentos, para que seu corpo não retenha líquidos.
• Para evitar ressecamento, use soro fisiológico no nariz e nos olhos. De acordo com o médico consultado, além de hidratar, também ajuda a limpar o nariz.
• Se for praticar exercício físico, priorize horários no início e no fim do dia. Em outras palavras, evite o horário entre 10h e 17h, quando o calor costuma ser mais forte.
• Aplique protetor solar para proteger a pele e também hidratar o corpo.
• Na hora do banho, evite a água quente, mesmo que faça frio. Dê preferência à água morna, que é menos nociva para a pele.
• Se tiver um umidificador de ar, utilize-o, mas não por períodos longos. Se não possuir um aparelho, vá no método clássico, com uma toalha molhada. Enquanto a água evapora, o ambiente fica umidificado.
• Já que o tempo está seco, que tal lavar roupas de frio e cobertores que estão guardados? Assim, você aumenta a umidade do ar e ainda aproveita para limpar peças que podem ter juntado pó e ácaros.
• Deixe a casa limpa e arejada, para evitar o acúmulo de poeira e ácaros. Da mesma forma, evite usar vassoura, já que ela espalha pó pelo local –prefira pano úmido ou aspirador.
• Por fim, fuja de lugares fechados e aglomerações, não só pelo tempo seco mas também pela transmissão de coronavírus.