O empresário Thiago Brennand, 42, foi denunciado pela terceira vez pelo Ministério Público de São Paulo, agora sob suspeita de lesão corporal contra um garçom durante briga de trânsito.
Na nova acusação, a Promotoria de Porto Feliz (a 118 km de São Paulo) declara que, no último dia 11 de março, Brennand estava dirigindo no condomínio em que reside quando decidiu ir atrás de um motociclista que não teria dado passagem para ele.
Segundo a acusação, Brennand teria obrigado que a vítima parasse e logo desferiu socos, um tapa no rosto, uma esganadura e ofensas verbais. O motociclista afirma ter sido chamado de vagabundo.
Na tarde desta quarta-feira, a reportagem procurou a defesa de Brennand, comandada pelo advogado Ricardo Sayeg. Porém, o escritório afirmou que não tem nada a declarar sobre o caso.
A vítima sofreu lesões corporais de natureza leve na região da face e pescoço, as quais foram constatados no exame de corpo de delito, conforme relata a Promotoria.
Um homem que teria presenciado as agressões foi ouvido pelo Ministério Público. A testemunha, identificada como funcionário pessoal de Brennand, afirmou que o motociclista iniciou as provocações, o que os promotores consideraram inconsistente e uma tentativa de proteger o possível agressor.
Em setembro deste ano, Brennand foi denunciado no de agressão à modelo Alliny Helena Gomes dentro de uma academia em São Paulo na presença do filho, ocasião em que passou a responder por lesão corporal e corrupção de menores.
Em depoimento à polícia, Brennand disse ter perdido a cabeça com a modelo porque ela teria ofendido a mãe dele.
Após a repercussão do episódio na academia, que foi gravado, Brennand passou a ser acusado de crimes sexuais por ao menos 11 mulheres, que relatam desde supostos estupros a rituais para tatuar suas próprias iniciais no corpo das vítimas.
Na última sexta-feira (14), ele foi alvo de nova denúncia referente à suspeita de cinco crimes: estupro, cárcere privado, tortura, lesão corporal de natureza gravíssima, coação no curso do processo, constrangimento ilegal, ameaça, registro não autorizado da intimidade sexual e divulgação de cena de estupro ou sexo.
O caso que culminou na denúncia teria ocorrido em agosto do ano passado e envolve uma brasileira de 37 anos, que vive nos Estados Unidos e afirma ter sido mantida em cárcere privado na casa de Brennand em Porto Feliz, além de ter sido estuprada, agredida (física e moralmente) e tido o corpo tatuado à força.
Na época, Brennand negou os crimes. A investigação conduzida pela Promotoria de Porto Feliz chegou a ser arquivada em junho deste ano, por falta de provas. Foi reaberta após reportagem do Fantástico divulgar um áudio do empresário em que ele fazia ameaças a essa vítima.
Brennand viajou para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em 4 de setembro, horas antes de ser denunciado pela primeira vez pelo Ministério Público.
Preso na semana passada em Abu Dhabi, ele foi solto após pagar fiança e informar endereço fixo.
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