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Paraná encerra buscas na BR-376 e diz que não há mais desaparecidos em deslizamento

Governo reduz estimativa de vítimas no acidente, que causou 2 mortes; via segue interditada por tempo indeterminado

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Curitiba

O Governo do Paraná suspendeu no fim da tarde desta sexta-feira (2) as buscas por pessoas soterradas após o grande deslizamento de terra na BR-376, no litoral do estado. Depois de quatro dias de procura, estimando haver 30 vítimas debaixo da lama, as equipes de resgate agora dizem não haver mais desaparecidos.

O número de vítimas divulgado pelo governo mudou no decorrer dos dias. Inicialmente, foi estimado que seriam ao menos 30 soterrados. Somente nesta sexta foi oficialmente dito que eram 14 envolvidos no incidente e confirmado o fim das buscas e da procura por possíveis desaparecidos desde a noite de segunda-feira (28).

Bombeiros e cães encerraram as buscas na BR-376 após quatro dias
Bombeiros e cães encerraram as buscas na BR-376 após quatro dias - AEN

Segundo o governo, seis pessoas foram resgatadas da lama com vida, outras seis conseguiram escapar dos veículos sem precisar de atendimento médico e duas morreram. Foram removidos do local nove veículos —seis caminhões e três carros. O número preliminar divulgado pelas autoridades era de 21 veículos.

A Secretaria de Segurança Pública diz que só vai se manifestar por meio de nota e emitiu um boletim no qual afirma que todas as áreas com possibilidade de vítimas ou veículos foram acessadas e ninguém foi encontrado. "O prognóstico maior de veículos felizmente não se concretizou."

A pasta afirma que a Polícia Científica do Paraná concluiu a busca ativa por todas as pessoas dadas por desaparecidas com relação ao incidente.

"No total, foram recebidas 22 ligações com diversas informações e 15 pessoas foram encontradas em outros contextos não relacionados ao deslizamento", diz o texto.

As buscas envolveram dezenas de bombeiros e forças de segurança do Paraná e de Santa Catarina, que tiveram ajuda de cães farejadores e drones com sensor de calor.

Os dois mortos são o motorista Márcio Rogério de Souza, 51, e o caminhoneiro João Maria Pires, 60.

Os trabalhos de retirada de terra das pistas vão continuar e interditam a BR-376 por tempo indeterminado. Outros 14 pontos de acúmulo de água no alto da Serra geram risco de novos desabamentos, segundo a secretaria.

Equipes continuarão no quilômetro 669, onde aconteceu o acidente, com uma viatura de combate a incêndio e resgate, para trabalhos preventivos.

A chuva constante no Paraná desde sábado (26) causou deslizamentos nas três BRs que ligam a capital ao litoral. A Estrada da Graciosa (PR-410) está totalmente interditada e a BR-277, com trânsito em meia pista.

Deslizamentos causados pela chuva causaram estragos em, pelo menos, 12 cidades da região metropolitana de Curitiba e litoral do Paraná.

A dificuldade de acesso aos municípios fez com que Curitiba enviasse por trem alimentos e insumos para famílias atingidas pela chuva.

A concessionária Arteris, responsável pelo trecho da BR-376 onde ocorreu o acidente, afirma que forneceu todo o suporte necessário para as equipes de resgate e que agora concentrará seus esforços para que o tráfego possa ser restabelecido com segurança, o mais rápido possível.

A empresa diz que mantém no local cerca de cem equipamentos para apoiar nos trabalhos de limpeza das pistas, além de 70 profissionais, entre equipes operacionais e técnicos, que fazem "uma profunda análise de vários aspectos da rodovia".

A concessionária não esclareceu por que as câmeras da rodovia não ajudaram a identificar o número exato de veículos e pessoas atingidos pela lama, resultando na imprecisão dos números divulgados no decorrer das buscas.

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