Descrição de chapéu transporte público

Trem da linha-8 diamante descarrila em São Paulo

Incidente é o 2º em pouco mais de um mês; concessionária ViaMoblidade diz que não há feridos e trabalha para liberar via

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São Paulo

Um trem da linha 8-diamante descarrilou na tarde desta segunda-feira (16) na região da estação Lapa, zona oeste de São Paulo.

O descarrilamento desta tarde é o segundo em pouco mais de um mês na linha 8-diamante. O incidente anterior foi em 7 de dezembro, quando um trem saiu dos trilhos próximo à estação Domingos de Moraes, também na capital.

Aglomeração de passageiros na estação Lapa após descarrilamento de trem da ViaMobilidade na linha 8-diamante, em São Paulo, nesta segunda (16) - Willian Moreira/Futura Press/Folhapress

A ocorrência desta segunda foi no sentido Itapevi. Por volta das 17h, quase uma hora após a ocorrência, a concessionária ViaMobilidade, que opera a linha, afirmou que técnicos estavam no local para normalizar a situação. Não há registros de vítimas.

A circulação na linha 8 foi interrompida entre as estações Lapa e Júlio Prestes, no centro.

Segundo a concessionária, às 21h27 os trens passaram a circular por apenas uma via na estação Lapa, com e com maior intervalo entre as estações Júlio Prestes e Itapevi. Às 22h20, a operação foi normalizada, ainda de acordo com a ViaMobilidade.

Por causa da medida, a operação Paese, de ônibus, que havia sido colocada em operação para transportar os passageiros, foi desmobilizada.

Nas redes sociais, usuários compartilharam imagens de passageiros andando na linha, em meio ao trem parado e fora trilho.

Outra opção é o usuário embarcar em um trem da linha 7-rubi, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), na estação Barra Funda (zona oeste), e fazer a baldeação na Lapa para a linha 8 e, então, seguir rumo a Itapevi, na região metropolitana de São Paulo.

Trem da linha 8-diamante, da ViaMoblidade, descarrilado próximo à estação Lapa, em São Paulo; à direita, passageiros na estação à espera de solução - Reprodução/Band

Já para os passageiros que estão na região de Osasco, também na Grande SP, e precisam usar a linha 8 no sentido centro de São Paulo, a opção é embarcar na linha 9-esmeralda e seguir até a estação Pinheiros, onde é possível fazer a baldeação e seguir sentido centro pela linha 4-amarela do metrô.

No descarrilamento anterior, a via só foi liberada quase oito horas após o incidente.

A linha 9-diamante, também da ViaMobilidade, é outra que enfrentou problemas na tarde desta segunda, mas por causa das chuvas. Em seu site, a empresa informou que os trens estavam circulando com maiores intervalos e tempo de parada.

Passageiros publicaram vídeos da estação Presidente Altino, em Osasco, alagada por causa da chuva.

As falhas recorrentes levaram o Ministério Público de São Paulo a enviar um TAC (Termo de Ajuste de Conduta) à ViaMobilidade, que se negou a assiná-lo.

Após a recusa, a Promotoria se reuniu com o governo de São Paulo e decidiu pedir a rescisão do contrato de concessão das linhas 8 e 9. A recomendação foi protocolada em 30 de novembro.

Os promotores Silvio Marques e Luiz Ambra Neto, que assinam o documento, argumentam que "após a ViaMobilidade assumir as linhas 8 e 9 de trens metropolitanos, ocorreram diversos eventos de natureza grave em razão de erros operacionais, ou seja, que não tinham relação com o material rodante e nem com a infraestrutura".

Em manifestação encaminhada à Promotoria na época, a ViaMobilidade atribui a responsabilidade das falhas à gestão anterior, da estatal CPTM, que, segundo a concessionária, entregou tanto a linha 9 como a 8, também privatizada em janeiro, em péssimas condições. A empresa também elenca problemas que, afirma, fogem de seu controle, como furtos de cabos elétricos.

Em outro trecho, a concessionária declara que, "de todo modo, é inegável que a situação dos meses iniciais da operação comercial se inverteu e, hoje, é bastante distinta; as falhas nas linhas 8 e 9 se reduzem de forma perceptível, e sua ocorrência cada dia mais se torna excepcional".

Sobre o descarrilamento desta segunda-feira, a concessionária diz que se desculpa pelo ocorrido e que técnicos estão apurando as causas.

Questionada sobre o novo incidente, a Secretaria de Transportes Metropolitanos não havia respondido até a publicação deste texto.

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