Descrição de chapéu Governo Lula

Lula vai a São Sebastião e pede fim de construções em encostas de morros

Presidente pede que prefeitura consiga uma área segura para reconstrução de moradias após ao menos 36 pessoas morreram devido às fortes chuvas

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Marcelo Toledo Cláudio Oliveira
Ribeirão Preto e São Sebastião (SP)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu nesta segunda-feira (20) em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, que não sejam mais construídas casas em encostas, como forma de evitar tragédias como a que atinge a região desde o último sábado (18).

A cidade foi a mais atingida pelo temporal que matou ao menos 36 pessoas nos últimos dias no litoral paulista e já obrigou mais de 2.400 a deixarem suas casas. Há pelo menos outras 40 pessoas desaparecidas, segundo o governo do estado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega a São Sebastião após a tragédia que matou ao menos 36 pessoas no litoral norte
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega a São Sebastião após a tragédia que matou ao menos 36 pessoas no litoral norte - Bruno Santos/Folhapress

Entre os mortos há uma criança de 7 anos, que morreu em um deslizamento de terra em Ubatuba. Os outros 35 mortos são de São Sebastião, sendo 31 óbitos na Barra do Sahy, 2 em Juquehy, 1 em Camburi e 1 em Boiçucanga.

Lula, que estava acompanhado de ministros, sobrevoou a região antes de se reunir com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e autoridades locais no Teatro Municipal de São Sebastião.

Em um breve discurso, disse que as rodovias atingidas são importantes para a região e o país e que é importante que não sejam mais construídas casas em lugares que possam ser vítimas de outras chuvas e possíveis desabamentos.

"De vez em quando a natureza nos prega uma surpresa, mas também muitas vezes a gente desafia a natureza [...]. Por isso queria que você [se dirigindo ao prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, PSDB] pensasse num lugar seguro para que a gente pudesse começar a reconstruir as moradias do povo de São Sebastião", disse Lula.

Ainda segundo o presidente, o ocorrido em São Sebastião é um exemplo de que é preciso união para trabalhar pelo país, citando que prefeito, governador e presidente são de partidos diferentes. "Essa parceria é uma fotografia boa para nosso país. Se cada um trabalhar sozinho, nossa capacidade de rendimento é muito menor."

Lula iniciou seu discurso pedindo que "a gente, que crê em Deus, possa rezar um pouco". "Não apenas pelas vítimas, mas rezar para que não chova mais esses dias, para a gente ter condições de trabalhar e começar a recuperação da cidade de São Sebastião", disse o presidente.

Ainda segundo ele, "uma boa reza, com muita fé, sempre ajuda a gente a conquistar aquilo que a gente quer".

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, anunciou R$ 2 milhões emergenciais para doação de mantimentos às vítimas das chuvas no litoral, por meio da Autoridade Portuária de Santos (SP).

INTERRUPÇÃO

Lula estava descansando desde a última sexta-feira (17) na base naval de Aratu, em Salvador, e interrompeu a folga para visitar a região afetada pelas chuvas no litoral norte.

O presidente deixou a base às 8h10, de helicóptero. No aeroporto de Salvador, embarcou no avião rumo a São José dos Campos, de onde, em outro helicóptero, dirigiu-se a São Sebastião.

O presidente chegou a Salvador no final da tarde de sexta acompanhado da primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja. A previsão era de que o casal permanecesse na capital baiana até esta terça-feira (21).

Colaborou FRANCO ADAILTON, de Salvador

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