Descrição de chapéu Chuvas

Terra indígena em Bertioga recebe doações após chuva no litoral de SP

Enxurrada afetou posto de saúde indígena da comunidade localizada a 3 km da orla

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São Paulo

As chuvas que devastaram o litoral norte de São Paulo afetaram a TI (Terra Indígena) Ribeirão Silveira, localizada a 3 km da orla de Bertioga. A enxurrada atingiu o posto de saúde indígena da comunidade, além de danificar alimentos, camas e eletrodomésticos nas casas.

As cinco aldeias ficam na região que envolve São Sebastião, Bertioga e Salesópolis e têm recebido doações de roupas e alimentos de voluntários e do poder público após a chuva.

A TI tem cerca de 9.000 hectares e fica no bairro Boraceia. Ali vivem cerca de 418 pessoas das etnias guarani, guarani mbya e tupi-guarani, segundo a Comissão Pró-Índio de São Paulo.

Indígena é visto sentado do lado de fora de casa em aldeia
Indígena na reserva Rio Silveira, no bairro Boraceia (região de Bertioga), que também foi afetada pelo temporal no litoral norte de SP - Vinicius Freitas/Governo do Estado de SP

"Depois que a enchente da madrugada parou, o rio abaixou. O estrago é mais material, foi cama, colchão, geladeira, fogão, alimento se perdeu tudo", disse o cacique Adolfo Timotio, da Aldeia Indígena Guarani Rio Silveira, em São Sebastião. "Mas aos poucos tá chegando doação na aldeia, mais alimento, mais roupa."

A Prefeitura de Bertioga direcionou um trailer de pronto-atendimento e uma unidade de saúde da família para Boraceia, já que o posto de saúde indígena, mantido pela administração municipal de São Sebastião, foi afetado pelas chuvas.

Nesta sexta (24), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que o estado fará obras de infraestrutura no local.

"Vamos trabalhar na construção de uma nova ponte de concreto para acessar a região e reformar prédios que foram danificados", disse Tarcísio.

As obras serão custeadas, segundo o governo, com recursos do Fundo Social de São Paulo e da Fundação para a Conservação e a Produção Florestal, ambos do governo estadual.

Além disso, o governo encaminhou a desapropriação de uma área privada de 10,6 mil metros quadrados no Sahy para construir uma vila de passagem, onde os desabrigados deverão morar até a entrega de moradias definitivas, em São Sebastião.

Não foram registradas mortes ou desabamentos nas aldeias, mas as buscas por mortos e desaparecidos continuam em outras regiões de São Sebastião. O número de mortos já passa de 50.

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