Desabrigados do litoral norte de São Paulo serão levados para hotéis e pousadas

Há 1.400 vagas para um período inicial de 30 dias; custo será bancado pela iniciativa privada, segundo governador

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São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nesta quarta-feira (1º) que os desabrigados e desalojados pelas chuvas no litoral norte serão acomodados em hotéis e pousadas da região.

Em entrevista concedida em São Sebastião, a cidade mais afetada pela tragédia —onde 64 pessoas morreram no temporal dos dias 18 e 19 deste mês—, Tarcísio disse que 120 pousadas vão oferecer 4.100 leitos, que serão custeados pela iniciativa provada.

O número de pessoas fora de casa na região é incerto, mas o governador afirmou que a quantidade de leitos disponibilizados "vai além da necessidade do momento".

Moradores ainda tentam remover lama e escombros da Vila Sahy, a área mais afetada pelo temporal em São Sebastião, no litoral norte de SP - Adriano Vizoni - 1º.mar.2023/Folhapress

"A gente conseguiu com o setor hoteleiro a quantidade de acomodações para tirar todo mundo dos alojamentos, dos abrigos temporários, e acomodar nos hotéis e pousadas", disse o governador. "Quem vai pagar a conta é a iniciativa privada, são várias instituições financeiras, grupos empresariais, que já levantaram os fundos para pagar a conta da hospedagem."

Inicialmente, o prazo previsto de hospedagem é de 30 dias. A ação começou no sábado (25), segundo Tarcísio, com a remoção de famílias que estavam abrigadas em uma escola do bairro de Topolândia, no centro de São Sebastião, e as demais famílias serão transferidas a partir desta quinta (2).

"Daremos prioridade às pessoas com deficiência e idosos acamados. Ao longo dos próximos dias, vamos abrigar todos na rede hoteleira", disse o governador.

MORADIAS

Ainda nesta quarta, Tarcísio voltou a prometer a construção de conjuntos habitacionais para moradores de áreas de risco nos próximos 180 dias.

Ao menos cinco terrenos em São Sebastião foram indicados pela prefeitura para receber as moradias. As áreas ficam em Topolândia, na praia de Maresias e na Vila Sahy, o local com o maior número de mortos e desabrigados.

Responsável pelo planejamento e execução dos empreendimentos, a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) ainda não formalizou a escolha dos terrenos. Os técnicos irão analisar os terrenos para definir quantas unidades habitacionais cada um deles comporta e o perfil dos empreendimentos. Ainda não há data para o início das obras.

Até as moradias permanentes ficarem prontas, o governo estadual prevê a construção de residências provisórias para desabrigados em parceria com a iniciativa privada —as chamadas Vilas de Passagem, também ainda sem data.

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