Polícia do Rio prende mulher suspeita de liderar facção no RN

Prisão realizada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes foi anunciada pelo governador Cláudio Castro (PL)

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São Paulo

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), anunciou na noite deste domingo (2) a prisão de uma mulher que seria chefe de uma facção criminosa no Rio Grande do Norte responsável pelos ataques que ocorreram no estado mês passado.

Andreza Cristina Lima Leitão, 31, conhecida como "Andreza Patroa" ou "Bibi Perigosa", foi presa por policiais da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes) em Campo Grande, zona oeste do Rio.

Por meio de um trabalho de inteligência e monitoramento, segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, a mulher foi capturada depois que saiu do Complexo da Penha, na Zona Norte, onde estava escondida. Havia um mandado de prisão contra ela.

Policial conduz Andreza Cristina Lima Leitão, a Bibi Perigosa - Polícia Civil/Divulgação

"Ela é considerada uma das maiores traficantes e acumula vários processos na Justiça potiguar por tráfico de drogas, organização criminosa e pelos ataques do mês passado", disse Castro.

Segundo as investigações, a criminosa se escondeu em comunidades fluminenses dominadas pelo Comando Vermelho depois dos ataques terroristas promovidos no Rio Grande do Norte.

O apelido "Bibi Perigosa" é o mesmo usado pela produtora de cinema Fabiana Escobar, ex-primeira-dama do tráfico da Rocinha que inspirou Glória Perez a criar a personagem protagonista da novela "A Força do Querer", exibida pela TV Globo em 2017.

Ao falar sobre a prisão, o governador disse que não vai permitir que criminosos de outros estados se escondam no Rio e parabenizou os policiais civis, chamados por ele de guerreiros.

Segundo Castro, a prisão da mulher ocorreu após um trabalho de inteligência realizado pela Polícia Civil.

A mulher assumiu o comando da facção após a morte do seu companheiro, em setembro de 2016, de acordo com a DRE.

No dia 22 de março, uma operação deflagrada por forças de segurança no Rio Grande do Norte prendeu 15 suspeitos de integrarem o Sindicato do Crime, grupo criminoso apontado como organizador dos ataques no estado.

Coordenada pelo Ministério Público do RN, a operação Sentinela cumpriu 13 mandados de prisão e 26 de busca e apreensão na capital, Natal, e em mais nove cidades. Duas pessoas foram presas em flagrante com armas, drogas, celulares e dinheiro.

A onda de violência levou terror a diversas cidades do estado, alterou a rotina dos moradores e provocou a suspensão de serviços como transporte público, atendimentos de saúde e aulas da rede pública.

Na sexta-feira (31), a governadora Fátima Bezerra (PT) assinou um termo de acordo técnico com a Polícia Federal para a criação de uma central de cumprimento de prisão

"É importante que estejamos integrados, que essa cooperação se mantenha e se aprofunde para que tenhamos bons resultados", disse.

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