Mais três morrem em operação da PM contra grupo do 'novo cangaço' no Tocantins

Desde o início da ação, 15 pessoas já morreram e quatro foram presas após roubo em MT

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Rio de Janeiro

Três homens morreram em dois confrontos com policiais militares da Operação Canguçu, entre segunda-feira (1º) e a madrugada desta terça-feira (2), no Tocantins.

A ação é um desdobramento da força tarefa que tem como objetivo capturar um grupo que tentou assaltar uma empresa de transporte de dinheiro em Confresa (MT), em 9 de abril.

Desde o início da operação, que já dura três semanas, 15 pessoas morreram e outras quatro foram presas. A PM afirma que todos eram suspeitos de integrar a quadrilha.

Policiais com fuzis e veículos em área de mata a céu aberto
Operação com cerca de 350 policias de cinco estados busca no interior do Tocantins a criminosos que tentaram assaltar a sede de uma empresa de transporte de valores em Confresa (MT) - Divulgação / Polícia Militar de Tocantins

Nos confrontos mais recentes, dois homens morreram em uma troca de tiro com os policiais, próximo a cidade de Marianópolis (TO). Mais cedo, no mesmo local, um homem também foi morto em tiroteio com os agentes.

A ação já dura 23 dias e conta com cerca de 350 policiais de cinco estados. Nenhum agente ficou ferido na operação.

Na manhã de segunda, outras duas pessoas tinham sido mortas durante troca de tiros com policiais militares. A corporação afirmou que apreendeu duas armas de fogo que estavam com os mortos. Os nomes não foram divulgados.

A tentativa de assalto à transportadora de valores em Confresa, no dia 9 do mês passado, seguiu os moldes do "novo cangaço". Isto é, quando um grupo fortemente armado ataca instituições financeiras para roubá-las em cidades do interior do país.

Confresa tem cerca de 32 mil habitantes e fica a 1.000 quilômetros de Cuiabá e a 400 quilômetros de Marianópolis, onde ocorreram os confrontos mais recentes com a polícia.

Antes de tentarem o assalto em 9 de abril, entre 15 e 20 assaltantes atacaram o quartel da Polícia Militar e uma viatura do Corpo dos Bombeiros. As cenas de pânico foram registradas em vídeo pelos moradores.

O grupo tentou invadir a empresa Brinks explodindo um dos muros, mas não conseguiram acesso a nada de valor. Com a ofensiva frustrada, eles deixaram a cidade, invadiram uma reserva indígena e foram até a margem do rio Araguaia, onde pegaram barcos para seguir em direção ao Tocantins pelas águas que circundam a região da Ilha do Bananal.

De acordo com as Polícias Militares de Mato Grosso e do Tocantins, as ações da força tarefa se concentram em encontrar os criminosos dentro do território tocantinense.

Ao longo das três semanas em que a operação Canguçu acontece, tem sido frequente os confrontos entre os agentes de segurança e os suspeitos apontados como integrantes do grupo.

No dia 27 de abril, um homem foi baleado numa troca de tiros com policiais e morreu. Ele chegou a ser encaminhado para um hospital da cidade de Marianópolis, mas não resistiu aos ferimentos.

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