Menino de dois anos foi entregue pela mãe em SC, diz polícia

Criança foi encontrada com homem e mulher em um carro em São Paulo; dupla foi presa por suspeita de tráfico de pessoas

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São Paulo e Curitiba

A criança de dois anos de Santa Catarina que estava desaparecida e foi localizada nesta segunda (8) em São Paulo, dentro de um carro com um homem e uma mulher, foi entregue pela mãe em um tipo de adoção não legalizada, segundo a Polícia Civil.

O menino, que estava desaparecido havia mais de uma semana, foi encontrado pela Polícia Militar em um Hyundai Creta na rua do Tatuapé, na zona leste da capital paulista, na tarde de segunda. O veículo era conduzido por Marcelo Valverde Valeze, 52, ao lado de Roberta Porfírio de Souza Santos, 41. Eles se apresentaram como conhecidos.

Segundo informações da Polícia Civil de São Paulo, eles teriam dito que estavam a caminho do fórum para legalizar a situação do menino. Como estavam próximos do local, os PMs então os levaram até o Foro Regional do Tatuapé. A advogada de ambos já os aguardava no local.

Imagem divulgada pelo tio da criança relatando que o sobrinho foi encontrado - @julianobxd no Instagram

O Conselho Tutelar foi acionado, e a dupla foi levada à delegacia, onde foi presa por suspeita de tráfico de pessoas.

Valeze, segundo o registro policial, disse que apenas acompanhava Roberta Santos e dirigia o veículo dela. Ele também afirmou que a criança foi entregue pela mãe a Santos.

Em depoimento na noite desta segunda, a mãe do menino confirmou que entregou o filho para adoção, de acordo com a delegada Sandra Mara Pereira, da DPCAMI (Delegacia de Proteção a Criança, Adolescente, Mulher e Idoso) de São José (SC).

A dupla foi encontrada com a criança após a Polícia Civil de Santa Catarina emitir um alerta às autoridades paulistas depois de analisar imagens de câmeras de segurança da cidade catarinense de São José e o setor de inteligência descobrir que o carro estaria circulando pela região do Tatuapé, em São Paulo.

O veículo trafegou por Santa Catarina com placa adulterada, mas em São Paulo estava com a placa original, ainda segundo a polícia.

A Polícia Civil catarinense disse às autoridades paulistas que, em depoimento, a mãe da criança afirmou que entregou o menino de forma espontânea, sem ameaça ou pagamento em dinheiro.

Em inquérito policial instaurado em SC para investigar o desaparecimento da criança, porém, consta que Valeze e a esposa dele, identificada como Juliana, desde o nascimento do menino vinham aliciando a mãe para que ela entregasse o filho sem o devido processo legal de adoção.

A PM de Santa Catarina disse na manhã desta terça (9) que ainda aguarda posição do Conselho Tutelar de São Paulo para definir os próximos passos.

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