Ministério Público denuncia PMs que liberaram atropelador de Rafael Mascarenhas no Rio

A promotora Isabella Pena Lucas --titular da 1ª Promotoria de Justiça da Auditoria Militar do Estado do Rio-- denunciou à Justiça Militar, no final da tarde desta segunda-feira, o sargento Marcelo Leal de Souza Martins e o cabo Marcelo Bigon, do Batalhão do Leblon (zona sul), por três crimes: corrupção passiva, falsidade ideológica e descumprimento de missão, no caso do atropelamento do músico Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, há cerca de um mês.

Imagens mostram carro que atropelou filho de Cissa
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Laudo diz que carro estava próximo de 100 km/h
Alteração em carro que atropelou filho de Cissa dificulta perícia

Somadas, as penas podem chegar a 15 anos. Na semana passada, o inquérito da PM concluiu a atuação dos policiais nos crimes.

AgNews

A atriz Cissa Guimarães e o filho Rafael Mascarenhas, 18, morto no mês passado no Rio após ser atropelado

O corregedor da PM, coronel Ronaldo Menezes, não informou o que levou o inquérito a concluir que os policiais aceitaram a propina (o que caracteriza corrupção passiva), e não que pediram o pagamento (crime de concussão, em que funcionário público usa seu cargo para pedir dinheiro ou vantagem).

Na denúncia também consta que os PMs apresentaram o boletim de ocorrência com informação falsa, descrevendo a liberação do veículo de Rafael Bussamra sem a constatação de irregularidades.

Em depoimento, o empresário Roberto Bussamra disse que os policiais pediram R$ 10 mil para que seu filho Rafael não fosse responsabilizado pelo atropelamento do jovem, que andava de skate no túnel Acústico, na zona sul.