Após invasão, museu de paleontologia no PR tem peças quebradas

O Museu de Geologia e Paleontologia de Ponta Grossa (PR) foi invadido e teve peças danificadas. Uma delas foi furtada.

Pesquisadores perceberam a invasão apenas nesta quarta-feira (1º) e ainda não sabem quando ela ocorreu. O local, dentro do Parque Estadual de Vila Velha, ainda não foi inaugurado.

A última visita dos responsáveis havia sido feita há cerca de um mês, segundo o idealizador do museu, João José Bigarella. De acordo com ele, o armário de uma sala foi forçado, onde havia fósseis e cristais, que estavam empacotados em plásticos. "Uma das amostras mais bonitas que eu considerava, que foi presente de um professor, foi quebrada e parte desapareceu", diz o pesquisador, sobre uma pedra barita.

Nenhuma das peças tem valor comercial, diz ele. Servem para pesquisa e material didático para os futuros visitantes do museu. O levantamento de quantas foram quebradas e se mais alguma foi levada pelos invasores ainda não foi feito.

Para Bigarella, o parque não oferece "a mínima segurança".

O Instituto Ambiental do Paraná, responsável pelo parque, informou que há um vigia à noite para circular por todas as áreas de uso público.

A Polícia Civil fez perícia na tarde desta quinta-feira, mas não encontrou vestígio de portas arrombadas.

PERDA LASTIMÁVEL

Bigarella diz que considera a situação "lastimável" e que tem receio de continuar montando o museu sem mudanças na segurança.

O espaço foi idealizado para receber universitários, estudantes e visitantes do Parque Estadual de Vila Velha. A construção foi feita pelo governo estadual. A fundação que leva o nome do pesquisador tenta equipar o museu com R$ 3 milhões em patrocínio de empresas, por meio da Lei Rouanet.

Por falta de patrocínio, a inauguração foi adiada. Bigarella diz que ela pode não ocorrer nem no ano que vem.