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19/11/2010 - 00h05

Frederico Gerling Junior (1925-2010) - Criador da filarmônica da PUC-RS

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ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Em 2004, Frederico Gerling Jr. realizou um dos grandes sonhos de sua vida: reunir 45 músicos na recém-criada Orquestra Filarmônica da PUC do Rio Grande do Sul.

Leia sobre outras mortes

Na universidade gaúcha, ele trabalhou por 37 anos.

Frederico tinha aparência bem próxima à dos maestros que todos idealizam, conta a mulher, Adriana. Tanto que poucos o chamavam pelo nome. A maioria se referia a ele apenas como o Maestro.

Com 1,90 m de altura, era grisalho, reservado, apaixonado pelo que fazia e extremamente disciplinado.

Se um concerto estava marcado para as 19h, não era às 19h02 ou às 19h05 que deveria começar, mas sim exatamente na hora definida.

Filho de imigrantes alemães, ele nasceu no navio que os pais tomaram para vir ao Brasil. Quando pisaram em terra, o bebê foi registrado em Jaraguá do Sul (SC).

A infância e a adolescência foram passadas em São Paulo. O pai era contador do setor administrativo de uma igreja adventista, e ele aprendeu ali a gostar de canto.

Na capital paulista, teve aulas com Villa-Lobos e começou como regente de corais da Secretaria de Cultura.

Passou um tempo no Rio e em Pernambuco. Em Recife, foi diretor de produção numa emissora de TV. Morou ainda em Curitiba (PR), onde fundou um coral e chefiou o setor de ópera do teatro Guaíra.

Em Porto Alegre, ganhou o título de cidadão honorário. Regeu mais de 60 espetáculos de ópera na cidade.

Na segunda-feira, morreu aos 85, de falência de órgãos. Deixa dois filhos, ambos maestros, e quatro netos _sendo duas musicistas.

 

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