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Companhias aéreas precisam ter responsabilidade, diz Lula
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BRENO COSTA
DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que um eventual caos aéreo provocado por excesso de passageiros durante as festas de fim de ano será "uma boa demanda para a gente resolver".
Aeroviários questionam medidas da Anac contra caos aéreo; veja
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Na última segunda-feira (22), a Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) proibiu a prática de "overbooking" (venda de passagens acima do número de assentos no avião, na expectativa de desistências) por parte das companhias aéreas entre os dias 17 de dezembro e 2 de janeiro.
"Nós precisamos apenas de responsabilidade. As empresas terem responsabilidade, nós do governo termos responsabilidade, e o povo todo agir com responsabilidade porque nós não podemos todos querer viajar num único dia, que não tem nem aeroporto nem avião para todo mundo", disse o presidente. "Mas, de qualquer forma, se o problema que a gente tiver no aeroporto for por excesso de passageiros, é sempre uma boa demanda para a gente resolver."
A declaração foi dada no fim da tarde de hoje em entrevista na Base Aérea de Brasília após assistir a apresentação de uma orquestra e de uma fanfarra formadas por alunos de uma escola municipal de Palmas (TO), batizada com o nome de sua mãe, Dona Lindu.
Segundo o presidente, "triste era quando os aviões levantavam voo vazio". Lula exaltou o fato de a população estar viajando mais ("um momento extraordinário", segundo ele), mas pediu "responsabilidade" à população, "para não gastar todo o dinheiro" com viagens no Natal e Ano Novo.
Perguntado se considerava "responsável" a prática de overbooking pelas companhias aéreas, o presidente não respondeu diretamente, mas afirmou que o que não pode é acontecer a repetição do caos de 2007.
"Eu acho que se for feito de forma responsável... A gente não pode é permitir o que aconteceu em 2007. Ninguém pode vender mais do que pode oferecer", disse.
O caos aéreo de 2007, primeiro grande transtorno nos aeroportos brasileiros, seguiu-se ao acidente entre um Boeing da Gol e um jato Legacy, em 2006, que deixou 154 mortos. Foi provocado, principalmente, pela greve de controladores de voos, somados à falta de infraestrutura dos aeroportos para atender a demanda crescente de passageiros.
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