Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
29/11/2010 - 09h15

Cresce o número de famílias que pensam em ter casa própria

Publicidade

CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

Com a melhora na renda, a maior oferta de crédito e prazos maiores de financiamento para habitação, cresceu em 258 mil o número de famílias que dividem a mesma moradia com outras e passaram a ter intenção de mudar.

Acompanhe a Folha no Twitter
Conheça a página da Folha no Facebook

Eram 2,019 milhões famílias nessa condição em 2008 e passaram para 2,277 milhões no ano passado, o que representa crescimento de 11,3%. Na comparação de 2007 com 2008, esse número havia recuado quase 11%.

Seis em cada dez famílias que dividem o mesmo teto com duas ou mais famílias (coabitação) têm renda de até três salários mínimos.

Os dados fazem parte de estudo da FGV Projetos realizado para o SindusCon-SP (que reúne a indústria da construção paulista), que será apresentado hoje em São Paulo. Foram usadas informações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) 2009, do IBGE.

'O crescimento econômico permitiu que as pessoas passassem a sonhar em ter uma casa própria. Antes não havia como arcar com uma prestação, por isso muitas famílias que coabitavam nem manifestavam intenção de mudar', afirma Ana Maria Castelo, consultora da FGV.

O levantamento aponta ainda que o deficit habitacional no Brasil atingiu 5,808 milhões de famílias no ano passado, ou 9,3% do total. O número ficou quase estável em relação a 2008, quando a carência por moradia atingiu 5,799 milhões de famílias.

O deficit habitacional é formado pela soma das famílias que vivem sob o mesmo teto, mas têm intenção de mudar (coabitação) e por aquelas que vivem em moradias inadequadas (cortiços, favelas) -nessa condição há 3,531 milhões de famílias.

Quase um terço dos domicílios considerados inadequados são habitados por famílias com renda mensal entre 1 e 2 salários mínimos. E 78% estão concentrados na faixa de até três mínimos.

'Não há como resolver essa questão sem políticas públicas. O que temos hoje são programas pontuais, como o Minha Casa Minha Vida', diz Eduardo Zaidan, diretor de economia do SindusCon-SP.

O número de famílias em moradias precárias caiu 6,6% na comparação com 2008 -há dois anos, eram 3,780 milhões. 'É o menor patamar dos últimos oito anos. A redução é reflexo da melhora na economia e do aumento dos investimentos', diz Sérgio Watanabe, presidente do SindusCon-SP.

SÃO PAULO

O secretário estadual de Habitação, Lair Krähenbühl, afirma que São Paulo tem priorizado a construção de moradias com três dormitórios para atender famílias em situação de coabitação. 'Metade das 50 mil moradias em construção ou já entregues segue esse padrão', diz.

Pelos números do governo paulista, que segue os critérios da Fundação Seade, a carência de habitações é de 1,120 milhão. Já em situação inadequada estão 2,684 milhões de famílias.

'Os investimentos feitos no combate à inadequação têm crescido em média 10% ao ano, desde 2005. Em programas de regularização e reurbanização de favelas foram gastos cerca de R$ 800 milhões nos últimos dois anos', afirma Krähenbühl.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página