Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/12/2010 - 00h10

Heleieth Iara Bongiovani Saffioti (1934-2010) - Defendeu os direitos das mulheres

Publicidade

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Por unir militância política com produção acadêmica, a socióloga e professora Heleieth Iara Bongiovani Saffioti tornou-se uma referência no movimento feminista.

Leia sobre outras mortes

Seu pioneirismo no estudo das questões de gênero começou em 1967, quando ela defendeu a tese de livre-docência pela Unesp, intitulada "A Mulher na Sociedade de Classes: Mito e Realidade".

A partir de então, Heleieth iria escrever 12 livros sobre a condição da mulher, além de artigos sobre o assunto.

Criou um núcleo de estudos de gênero, classe e etnia na UFRJ, orientou teses na PUC-SP e se aposentou pela Unesp de Araraquara, de onde recebeu o título de professora emérita no ano passado.

Filha de uma costureira e de um pedreiro, ela nasceu em Ibirá (SP) e se formou em ciências sociais pela USP. Seu marido, o químico Waldemar Saffioti, foi professor, autor de livros didáticos e vereador em Araraquara (SP).

Em 2000, pouco após ficar viúva, Heleieth decidiu doar à Unesp a chácara que o casal tinha em Araraquara, para que virasse um centro cultural. O local havia sido, anteriormente, do tio de Mário de Andrade e foi lá que o autor escreveu "Macunaíma".

Em 2005, ela chegou a ser indicada ao Nobel da Paz, ao lado de outras 49 brasileiras, como Zilda Arns e Luiza Erundina, por integrar o Projeto Mil Mulheres, iniciado por ativistas suíças para o reconhecimento do papel feminino nos esforços pela paz.

Continuou trabalhando até o fim da vida e morava com a mãe, Angela, 97. Morreu anteontem, aos 76, devido a uma hipertensão arterial sistêmica. Não deixa filhos.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página