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23/12/2010 - 16h45

Morre a décima vítima de acidente entre trem e ônibus em Americana (SP)

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MAURÍCIO SIMIONATO
DE CAMPINAS

A décima vítima do acidente entre um trem e um ônibus municipal em Americana (127 km de SP) morreu no domingo (19), depois de ficar cerca de três meses internada. A aposentada Maria Rosa da Silva, 77, morreu em decorrência de uma insuficiência renal.

Motorista que bateu em trem em Americana (SP) é denunciado

Familiares de Silva declararam que ela levava uma vida normal antes do acidente.

Na segunda-feira (20), o Ministério Público denunciou (acusou formalmente) à Justiça o motorista do ônibus, Alonso de Carvalho, 50, sob acusação de homicídio culposo e lesão corporal culposa. A colisão ocorreu no dia 8 de setembro, na região central da cidade.

A denúncia oferecida pelo promotor Sérgio Claro Buonamici aponta que o motorista foi imprudente na direção do veículo, pois todos os sinais sonoros e luminosos de aviso da passagem do trem foram acionados quando ele se aproximava do cruzamento. Mesmo assim, segundo o documento, Carvalho tentou ultrapassar a via férrea.

Com a colisão, o ônibus foi arrastado por pelo menos 80 metros até se chocar com outra locomotiva, que estava parada em uma linha férrea paralela. O ônibus municipal da empresa VCA (Viação Cidade de Americana), que levava 28 pessoas, se partiu ao meio após a colisão. Outras 15 pessoas ficaram feridas no acidente.

Zanone Fraissat-8.set.10/Folhapress
Acidente entre trem e ônibus deixou dez mortos e mais de 10 feridos na região central da cidade de Americana
Acidente entre trem e ônibus deixou dez mortos e mais de 10 feridos na região central da cidade de Americana

Em nota, o Ministério Público informou que "o motorista foi denunciado com base no Código de Trânsito Nacional por homicídio culposo (cuja pena vai de dois a quatro anos de prisão) e lesão corporal culposa (pena de seis meses a dois anos de prisão)".

A pena ainda pode ser aumentada entre um terço e metade do previsto pelo fato de ele estar a serviço, segundo a Promotoria.

Em depoimento à Polícia Civil, em outubro, o motorista disse que dirigia o ônibus a uma velocidade de 12 km/h e não percebeu que os avisos sonoros e luminosos foram disparados antes da passagem do trem.

Ele disse que os alertas foram disparados quando o veículo já atravessava a linha. O advogado dele e da viação, André Nardini, não foi localizado nesta quinta-feira para comentar a acusação da Promotoria.

 

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