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11/02/2011 - 11h33

Policiais se dividiam em quatro organizações no Rio, diz PF

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DO RIO
DE SÃO PAULO

Os policiais que são alvo da operação Guilhotina, da Polícia Federal, são suspeitos de se dividirem em quatro estruturas criminosas ligadas ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro, segundo a PF.

Secretaria diz que vai exonerar delegado procurado em operação
Delegada é suspeita de favorecer acusado durante operação
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Ao menos 12 dos 45 mandados de prisão expedidos --a maioria contra policiais civis e militares-- foram cumpridos até as 8h30. Apesar disso, a PF não informou se havia policiais entre os detidos.

Segundo a PF, os policiais se dividiam em quatro organizações: duas atuavam no fornecimento de armas e munições a traficantes de drogas; uma terceira estaria ligada a atividades de milícias que atuam em comunidades do Rio e também fornecia armas e munições ao tráfico; e outra faria segurança privada de grupos criminosos.

De acordo com o Ministério Público Estadual, que instaurou inquérito para apurar a conduta de policiais, a suspeita é que eles também se apropriavam de bens e valores confiscados em apreensões da polícia.

Rafael Andrade/Folhapress
PF chega a 22ªDP (Penha) para cumprir mandado de busca e apreensão; há mandado de prisão contra policiais
PF chega a 22ªDP (Penha) para cumprir mandado de busca e apreensão; há mandado de prisão contra policiais

SUSPEITOS

A Seop (Secretaria Especial da Ordem Pública), do Rio, informou na manhã desta sexta-feira, por meio de nota, que vai exonerar o delegado Carlos Antônio Luiz Oliveira das funções de subsecretário de operações. Ele é um dos policiais procurados na operação Guilhotina.

Segundo a secretaria, Oliveira estava no cargo de subsecretário há pouco mais de um mês, tendo assumido em janeiro deste ano. A Seop afirmou ainda que vai "acompanhar atentamente as investigações da Polícia Federal."

A delegada Márcia Becker, titular da 22ª Delegacia de Polícia Civil, na Penha (zona norte), foi conduzida na manhã de hoje à sede da Polícia Federal devido à suspeita de que ela tenha protegido um inspetor com prisão decretada na operação.

O inspetor Cristiano Gaspar Fernandes, que seria filho do chefe de uma milícia, telefonou para a delegada quando ocorria busca e apreensão na delegacia. O chefe de milícia é Ricardo Afonso Fernandes e atua em Ramos, zona norte do Rio.

Cristiano, lotado na 22ª, supostamente pediu para Becker mentir que ele estava de férias. A suspeita é que a delegada tenha concordado, segundo uma fonte da PF, favorecendo dessa forma o inspetor.

OPERAÇÃO

Ao todo, são procurados pela PF 11 policiais civis, 13 policiais militares e outros oito policiais militares que estavam emprestados para a Polícia Civil. Os outros 13 mandados foram expedidos contra civis, que incluem ex-policiais e informantes.

As investigações que levaram a operação tiveram início durante uma ação policial, ocorrida em 2009, que era conduzida pela Delegacia da Polícia Federal em Macaé --denominada "Operação Paralelo 22", que tinha o objetivo prender o traficante Rogério Rios Mosqueira, conhecido como "Roupinol", que atuava na favela da Rocinha junto com o traficante "Nem".

A partir daí, duas investigações paralelas foram iniciadas, uma da Corregedoria Geral Unificada da Secretaria de Segurança do Rio e outra da Superintendência da Polícia Federal no Rio. A troca de informações entre os serviços de inteligência das duas instituições deu origem ao trabalho conjunto de hoje.

O objetivo da ação desta sexta-feira é "dar fim à atuação de um grupo criminoso formado por policiais --civis e militares-- e informantes envolvidos com o tráfico ilícito de drogas, armas e munições, com a segurança de pontos de jogos clandestinos (máquinas de caça-níqueis e jogo do bicho) e venda de informações sigilosas".

As forças estaduais destacaram 200 homens, além de dois helicópteros e quatro lanchas. As equipes da Polícia Federal empregam um efetivo de 380 homens.

 

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