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15/02/2011 - 22h04

'Bom policial não teme corregedoria', diz nova chefe no Rio

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DO RIO
DE SÃO PAULO

A nova chefe da Polícia Civil do Rio, delegada Martha Rocha, afirmou na noite desta terça-feira que os bons policiais desejam uma corregedoria forte.

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Vanessa Schumacker-9.jul.09/Alerj
A delegada Martha Rocha, indicada nesta terça-feira para ocupar o cargo de chefe da Polícia Civil do Rio
A delegada Martha Rocha, indicada nesta terça-feira para ocupar o cargo de chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro

"O bom policial não teme uma corregedoria forte. Ele deseja uma corregedoria forte", disse ela.

Rocha afirmou que pretende trabalhar para os policiais "da ponta". "É um desafio [assumir o cargo] não por aquele que foi preso, mas pelos bons policiais. Vou trabalhar por aqueles que se sentem atingidos".

Ela afirmou que não tem "na bolsa" uma equipe formada, mas deve anunciar hoje os delegados ou delegadas que vão assessorá-la.

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, afirmou que ela foi "praticamente unanimidade" entre as pessoas consultadas para a escolha.

"A tarefa é muito difícil porque está substituindo um grande policial e chefe de Polícia [Allan Turnowski] que deixou a sua marca", disse o secretário.

Rocha, 51, é conhecida por sua rigidez. Ela atuou no caso do sequestro ao ônibus da linha 174, em 2000, que terminou com a morte da professora Geísa Firmo Gonçalves e do sequestrador Sandro do Nascimento. Na época, ela era a titular da 15ª DP, na Gávea, mas foi transferida para outra delegacia após indiciar sob suspeita de homicídio culposo o então comandante do Bope (Batalhão de Operações Especiais), coronel José Penteado.

Delegada há 21 anos --foi antes inspetora por oito anos--, Rocha foi subchefe da Polícia Civil e corregedora. Atualmente, era a titular da Dpam (Divisão de Polícia de Atendimento a Mulher), que coordena dez delegacias especializadas.

Em 2006, tentou uma vaga na Assembleia Legislativa do Rio.

CRISE

A saída de Allan Turnowski, ex-chefe da polícia do Rio, foi definida hoje em reunião com o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, após quatro dias de crise na instituição. Segundo nota emitida pela secretaria, os dois concluíram que a saída de Turnowski era a mais adequada para "preservar o bom funcionamento das instituições".

A posição de Turnowski à frente da Polícia Civil ficou desgastada após a operação Guilhotina, desencadeada pela PF (Polícia Federal), e que prendeu dezenas de policiais ligados a traficantes e milícias. O principal preso na operação, o delegado Carlos Oliveira, foi, até agosto do ano passado, subchefe de Polícia Civil. Há anos, é apontado como braço-direito de Turnowski.

Na segunda-feira (14), Turnowski decidiu fechar a Draco (Delegacia de Combate ao Crime Organizado), alegando ter recebido carta anônima com denúncias de corrupção, e que investigaria a delegacia.

A Draco é chefiada pelo delegado Cláudio Ferraz, ligado a Beltrame e desafeto de Turnowski. Ferraz admitiu que contribui para a PF durante a operação Guilhotina.

Em nota, Turnowski agradeceu ao governador Sérgio Cabral (PMDB) e a Beltrame pelo tempo em que comandou a Polícia Civil. "Tenho certeza que esta é a melhor decisão para o momento", afirmou ele.

Vanor Correia/Divulgação
O chefe da Polícia Civil do Rio, Allan Turnowski, deixou o cargo nesta terça, após operação que prendeu policiais
O chefe da Polícia Civil do Rio, Allan Turnowski, deixou o cargo nesta terça, após operação que prendeu policiais
 

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