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09/04/2011 - 11h11

Casa em que atirador morou tem muro pichado e portão arrombado

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CIRILO JÚNIOR
DO RIO

A casa em Realengo onde morou Wellington Menezes de Oliveira, 23, atirador que matou 12 crianças em uma escola no Rio na última quinta-feira, amanheceu pichada neste sábado. O portão do muro externo da casa também foi arrombado, mas a casa em si não chegou a ser invadida.

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Wellington morou nessa casa, que fica na rua Jequitinhonha, a poucas quadras da escola Tasso da Silveira, até alguns meses atrás, quando se mudou para Sepetiba, também na zona oeste do Rio.

No muro da casa em Realengo, onde hoje vive uma irmã adotiva de Wellington, foi pichada a inscrição "assassino covarde". A irmã não estava em casa quando a polícia chegou nesta manhã para investigar a pichação e o arrombamento do portão.

O corpo de Wellington permanece no IML (Instituto Médico Legal), já que até agora nenhum parente foi fazer o reconhecimento. Caso ninguém reclame o corpo em 15 dias, Wellington será enterrado como indigente.

Além das 12 mortes em decorrência do ataque, outros 12 estudantes da unidade também foram feridos, sendo que dez permanecem internados. O atirador Wellington Menezes de Oliveira, 23, que era ex-aluno da unidade, se matou após o crime.

Ontem, a polícia localizou e prendeu dois suspeitos de vender uma das armas usadas por Oliveira no ataque. Segundo informações da Divisão de Homicídios, a Polícia Civil encaminhou à Justiça um pedido de prisão preventiva contra os dois suspeitos.

Felipe Dana/AP
Amigos e familiares acompanham enterro de adolescente morta em massacre em escola de Realengo, no Rio
Amigos e familiares acompanham enterro de adolescente morta em massacre em escola de Realengo, no Rio

TIROS

A tragédia ocorreu por volta das 8h30 de quinta-feira, após Wellington Menezes de Oliveira, 23, entrar na escola onde cursou o ensino fundamental e dizer que buscaria seu histórico escolar. Depois, disse que daria uma palestra e, já em uma sala de aula, começou a atirar nos alunos.

Relatos de sobreviventes afirmam que ele mirava na direção nas meninas. Uma das alunas contou aos policiais que, ao ouvir apelos para não atirar, Oliveira mirava na direção delas, tendo como alvo a cabeça.

Os policiais informaram ainda que, pelas análises preliminares, há indicações de que Oliveira treinou para executar o crime.

Durante o tiroteio, um garoto, ferido, conseguiu escapar e avisar a Polícia Militar. O policial Márcio Alexandre Alves relatou que Oliveira chegou a apontar a arma para ele quando estava na escada que dá acesso ao terceiro andar do prédio, onde alunos estavam escondidos. O policial disse ter atirado no criminoso e pedido que ele largasse a arma. Em seguida, Oliveira se matou com um tiro na cabeça.

A motivação do crime será investigada. De acordo com a polícia, o atirador usou dois revólveres e tinha muita munição. Além de colete a prova de balas, usava cinturão com armamento. Em carta (leia íntegra aqui), o criminoso fala em "perdão de Deus" e diz que quer ser enterrado ao lado de sua mãe.

A escola atende estudantes com idades entre 9 a 14 anos --da 4ª a 9ª série, segundo a Secretaria Municipal da Educação. São 999 alunos, sendo 400 no período da manhã.

Arte/Folha

 

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