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19/05/2011 - 04h48

Conteúdo das caixas-pretas do voo 447 será conhecido em junho

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DA EFE
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O secretário de Estado de Transportes francês, Thierry Mariani, anunciou nesta quinta-feira que em junho será possível conhecer o resultado da análise das caixas-pretas do Airbus da Air France que caiu no Atlântico em 1º de junho de 2009 quando cobria a rota Rio de Janeiro-Paris.

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Em entrevista à emissora de rádio "France Info", Mariani insistiu que não se pode dar um diagnóstico "final" sobre as causas do acidente, no qual morreram os 228 ocupantes do avião, até que tenha sido analisado o conjunto dos parâmetros.

"Há várias centenas de parâmetros" e embora a imensa maioria já tenha sido examinada, as conclusões sobre o ocorrido só poderão ser apresentadas quando todos eles tiverem sido avaliados, argumentou o responsável francês.

Mariani se limitou a lembrar que tanto a Airbus como a Air France têm interesse em conhecer os resultados da investigação, principalmente porque na penúltima semana de junho acontecerá o Salão Aeronáutico de Le Bourget, ao norte de Paris, uma das principais feiras do setor.

DISFUNÇÕES

Uma primeira leitura das caixas-pretas indica que "não houve uma disfunção maior" da aeronave, o que significa que não tenham ocorrido "disfunções menos importantes", apontou na quarta-feira um diretor do Escritório de Investigação e Análise (BEA, na sigla em francês).

"A primeira leitura não evidenciou uma disfunção maior, como uma interrupção elétrica total, dos motores ou dos alarmes que fosse incompreensível para os pilotos", explicou à AFP Alain Bouillard, diretor de investigações técnicas do acidente aéreo do BEA, encarregado de esclarecer as causas da tragédia.

Na segunda-feira, uma nota interna enviada pela Airbus a seus clientes, conhecida como AIT (Accident Information Telex), afirmava que as "análises preliminares" de uma das caixas-pretas do A330 não indicavam que a fabricante precisasse fazer "recomendações imediatas" às companhias aéreas.

Johann Peschel/Bea/Ecpad/France Presse
Uma das turbinas do Airbus A330 da Air France foi retirada do fundo do mar; veja outras fotos
Uma das turbinas do Airbus A330 da Air France foi retirada do fundo do mar; veja outras fotos

Informações publicadas na imprensa na terça destacam que a análise das caixas-pretas do avião parecia deixar a Airbus de fora da questão, embora o BEA tenha dito em um comunicado que este parecer ainda é precipitado.

Esta primeira leitura "não significa que amanhã ou depois de amanhã ou dentro de oito dias será expedido outro AIT dizendo que 'depois de análises complementares dos parâmetros (de voo do AF447), pedimos às operadoras que modifiquem isto ou aquilo", assinalou Alain Bouillard.

Os construtores de aeronaves informam as companhias sobre as medidas que devem adotar nos aviões em função dos avanços das investigações de um acidente.

Desde 1º de junho de 2009, dia do acidente, a Airbus já publicou seis AIT sobre o AF447, recomendando principalmente a substituição das sondas (sensores de velocidade) Pitot do fabricante francês Thales por sondas da americana Goodrich.

As duas caixas-pretas do AF447 foram resgatadas no começo de maio, após quase dois anos submersas a 3.900 metros de profundidade no local onde a aeronave afundou.

Uma das caixas, o FDR (Flight Data Recorder), gravou todas as informações de voo do avião (velocidade, altitude e trajetória), enquanto a outra, o CVR (Cockpit Voice Recorder) contém todas as conversas dos pilotos e todos os sons e anúncios ouvidos na cabine do piloto.

DNA

A direção-geral da Polícia Militar francesa informou nesta quarta-feira que os resultados dos testes para extrair DNA dos corpos das duas vítimas retiradas dos destroços foram positivos --isso significa que é possível a identificação das vítimas e a continuidade da operação para retirar mais restos mortais do oceano.

A Justiça francesa havia informado às famílias das vítimas na semana passada que se os corpos não pudessem ser identificados, não haveria novos resgates.

Apenas os corpos que "tecnicamente" puderem ser retirados do oceano, que não sofram degradações ainda maiores ao serem levados à superfície, serão resgatados, diz a polícia.

 

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