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16/06/2011 - 20h20

Após prisões, governo intervém em hospital de Sorocaba

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AFONSO BENITES
ENVIADO ESPECIAL A SOROCABA
DE SÃO PAULO

A Secretaria de Estado da Saúde decretou nesta quinta-feira intervenção no CHS (Conjunto Hospitalar de Sorocaba). Uma operação do Ministério Público e da Polícia Civil prendeu hoje 12 pessoas suspeitas de desviarem recursos públicos da área de saúde e fraudarem licitações do hospital, uma entidade de Sorocaba (99 km de SP), vinculada ao governo estadual.

Polícia Civil prende 12 suspeitos de fraude em hospitais de SP

Entre os detidos, estão médicos suspeitos de receber por plantões que jamais fizeram nesse hospital. Conforme a investigação, ao invés de darem plantão no CHS, os profissionais trabalhavam em outros dez hospitais de São Paulo e Itapevi.

Os médicos são suspeitos de receber cerca de R$ 15 mil por mês sem trabalhar. O desvio em três anos chega a R$ 1,8 milhão, conforme a Promotoria.

As investigações também apuram a existência de funcionários fantasmas e a prática de falsificações e estelionato.

O ex-diretor do CHS, Ricardo José Salim, e o atual, Heitor Consani, são apontados pelos investigadores como os responsáveis por coordenar o esquema de desvio de verbas públicas.

A dentista Tania Maris de Paiva é considerada foragida. Depois de prestarem depoimento hoje à tarde, os médicos Kléber Castilho e Antonio Carlos Nasi foram liberados, porque, segundo a Promotoria, eles esclareceram as dúvidas sobre suas participações nas fraudes.

Todos os outros suspeitos, incluindo os supostos líderes do grupo, continuavam presos até as 19h30. São eles: Célia Chaib Arbage Romani, Marcia Regina Leite Ramos, Tânia Aparecida Lopes, Tarley Eloy Pessoa De Barros, Maria Helena Pires Alberici, Vera Regina Boendia Machado Salim, Edson Brito Aleixo e Edson da Silva Leite.

A secretaria informou que um interventor será nomeado nos próximos dias para garantir a assistência médica prestada pelo CHS aos 48 municípios da região.

OUTRO LADO

Os advogados do preso que estiveram na delegacia do Grupo Antissequestro de Sorocaba reclamaram que não tiveram acesso ao inquérito que investiga os envolvidos.

Em seus depoimentos à polícia e ao Ministério Público, todos negaram participar das fraudes.

A Secretaria de Estado da Saúde informou que, em outubro de 2010, foi acionada pela Promotoria devido a denúncias de irregularidades no CHS. E que, desde então, está contribuindo com o Ministério Público.

Nas investigações, iniciadas imediatamente após o recebimento da denúncia, a Corregedoria Geral de Administração constatou irregularidades cometidas por servidores do hospital e, logo após a apuração, encaminhou todas as informações à Promotoria para as devidas providências judiciais e penais.

"A Secretaria já instaurou processos administrativos para a possível aplicação de sanções funcionais e continuará à disposição da Promotoria, bem como da Polícia de São Paulo, para colaborar com todas as informações que se façam necessárias para a apuração dos fatos", informou por meio de nota.

 

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