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29/06/2011 - 00h10

Luiz Mônaco (1943-2011) - Defensor das vítimas do fumo

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ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

Por onde o advogado Luiz Carlos Martins Mônaco andava por São Paulo, no fim dos anos 90, um sujeito desconhecido ia atrás. Até filmado percebeu que estava sendo.

Leia sobre outras mortes

Em 2008, a Folha revelou que Mônaco e o amigo Mário Albanese, também da Adesf (Associação de Defesa da Saúde do Fumante), foram espionados por fabricantes de cigarro. Em 1995, os dois foram responsáveis pela primeira ação coletiva contra a indústria do fumo no país.

A advocacia foi uma atividade a qual ele se dedicou tardiamente. Antes de fazer 20 anos, o paulistano montou uma empresa química que produzia a cera Tacolac.

Era esportista, frequentador do clube Pinheiros e praticante do judô e da natação, como conta o filho Fernando.

O interesse pelo direito começou por causa do envolvimento que tinha com a área jurídica de sua empresa. O negócio faliu em 1975, mas Mônaco pouco depois abriu outro, que existe até hoje.

Com mais de 40 anos, formou-se em direito e passou a trabalhar na área. Após conhecer o também advogado Mário Albanese, engajou-se na questão do cigarro.

Baseada no Código de Defesa do Consumidor, a ação dizia que a indústria enganou os consumidores escondendo os malefícios do fumo.

A Adesf conquistou vitórias, como quando, em 2000, o STJ determinou que a indústria tabagista precisava provar que trazia benefícios. No mês passado, porém, a Justiça inocentou as empresas. A Adesf vai recorrer.

Mônaco lutava ainda contra um tumor no intestino. Morreu na terça (21), aos 68. Deixa dois filhos e dois netos.

 

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