Descrição de chapéu Obituário Viviane Archanjo Rodrigues Muniz (1971 - 2018)

Mortes: Dedicada à família, se empenhou na pesquisa genealógica

Pesquisou e encontrou mais de mil pessoas de sua ascendência

Ricardo Hiar
São Paulo

Viviane gostava de estar perto da família. Nascida em São Paulo, cresceu com os pais e dois irmãos na região de Artur Alvim, zona leste da capital paulista. Sempre muito unida, a família vivia bem apesar dos poucos recursos —a mãe se dedicava ao lar e o pai trabalhava com encanador.

A jovem era determinada e não tinha medo de trabalhar. Aos 15 anos conseguiu o primeiro emprego como atendente numa rede de fast food. 

De formação cristã, nessa mesma época passou a frequentar a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Foi lá que conheceu Gilson, com quem casou em 1993. 

O único filho do casal, Pedro Lehy, nasceu um ano depois. A jovem não deixava se abater e trabalhou até o oitavo mês de gestação. Foi caminhando até o hospital no dia em que o bebê nasceu. Segundo ela dizia, ser mãe foi a realização de seu maior sonho.

Viviane Archanjo e seu marido Gilson
Viviane Archanjo e seu marido Gilson - arquivo pessoal

Depois que o filho nasceu ela passou a dividir o tempo em cuidar do filho, realizar alguns trabalhos externos e pesquisar a história de sua família.

Viviane passava horas buscando informações sobre seus antepassados. Ela não desistiu nem mesmo quando enfrentou dificuldades de avançar e não conseguia novas ligações para sua árvore genealógica. A busca incessante por informações deu resultado: encontrou uma nova conexão com mais de mil pessoas de sua ascendência.

Ao lado do marido, também viajou para o Norte do país para conhecer e estudar a história familiar dele. A experiência rendeu não apenas a descoberta de parentes e novas amizades mas também deu novos rumos à vida do casal, que migrou para Rondônia.

Eles viveram por dez anos no novo estado, até que retornaram para o interior de São Paulo.
Viviane fazia amigos por onde passava. Ela era firme nas palavras, mas agregava as pessoas e tinha grande sensibilidade. Preferia ouvir mais e pensar antes de responder algo. Por isso, era difícil se desentender com alguém.

Ela tinha o desejo de continuar apoiando o filho, agora casado, e sonhava em ter netos. Ela também planejava fazer uma viagem à Itália para continuar suas pesquisas genealógicas e conhecer a terra natal de seus avós. Não teve tempo. Morreu no dia 25 de julho, aos 46 anos, vítima de um câncer no cérebro. Deixa os pais, o marido e o filho. 


coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missas​​​​​​

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.