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Ribeirão Preto
Polícia faz apreensão na casa do menino Joaquim e quer ouvir pai de Guilherme
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GABRIELA YAMADA
ISABELA PALHARES
DE RIBEIRÃO PRETO
A Polícia Civil de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) apreendeu nesta terça-feira (12) objetos pessoais da família do menino Joaquim Ponte Marques, 3, em busca de indícios para tentar esclarecer a morte do garoto, cujo corpo foi encontrado no último domingo (10) no rio Pardo, em Barretos (423 km da capital).
A ação integra uma nova ofensiva policial, que inclui também ouvir Dimas Longo, pai do padrasto de Joaquim, Guilherme Raymo Longo, 28.
O objetivo é cobrar explicação para o fato de ele ter sido flagrado por uma câmera passando de carro à 1h da última terça-feira (5), dia do desaparecimento de Joaquim, na rua em que ele e a família do garoto moram.
O padrasto disse à polícia ter saído de casa naquele dia pouco depois da 0h para comprar droga, sem sucesso.
"A imagem não é conclusiva, mas mostra o pai do Guilherme saindo de casa de carro. Ele ficou pouco tempo fora", afirmou o delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) Paulo Henrique Martins de Castro. A imagem foi feita por uma câmera de uma casa vizinha.
A operação de apreensão foi feita na casa da família, no Jardim Independência, na zona norte em Ribeirão Preto, e foi acompanhada pelo avô materno de Joaquim, Vicente Ponte. Ele disse colaborar com as investigações.
A busca resultou na apreensão de dois computadores, um álbum de fotos e um HD externo, que serão examinados pela polícia. "Encontrei o que eu precisava encontrar", limitou-se a dizer o delegado.
AUXÍLIO
Ele afirmou que a mãe de Joaquim, Natália Mingoni Ponte, 29, passou a colaborar com a investigação policial.
Natália -que, segundo policiais, está presa em Franca (400 km de São Paulo)- afirmou em depoimento esta segunda-feira (11) que tinha medo de ser agredida por Longo e, por isso, nunca o denunciou à polícia nem aos familiares.
A mãe da criança continua negando a participação na morte de Joaquim e reafirmou, durante o depoimento, que estava dormindo e não viu o que pode ter acontecido na noite em que o menino desapareceu.
O delegado afirmou que ainda trabalha com a hipótese de que Joaquim foi morto e depois, Longo teria o atirado no córrego Tanquinho, que deságua no ribeirão Preto e que é afluente do rio Pardo -local em que o corpo foi encontrado, cinco dias após o desaparecimento.
Uma das hipóteses é que ele tenha morrido por excesso de insulina no corpo. Joaquim era diabético.
Exame feito pelo IML (Instituto Médico Legal) descartou que ele tenha morrido afogado, já que não havia água em seus pulmões. O garoto também não tinha marca de agressão. O advogado do padrasto alega que o cliente é inocente.
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