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Ribeirão Preto
Vítimas de descarrilamento de trem participavam de festa em Rio Preto (SP)
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ANDRÉIA FUZINELLI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (SP)
As oito pessoas que morreram após o descarrilamento de um trem na tarde deste domingo (24) em São José do Rio Preto (438 km de São Paulo) participavam de uma festa quando as duas casas foram atingidas pela composição.
Morreram duas crianças, uma adolescente e cinco adultos, entre eles uma mulher que estava grávida. Outras oito pessoas --três crianças e cinco adultos-- ficaram feridos e foram socorridos em hospitais.
Segundo a polícia, de uma família morreram Waldemar Dias da Silva Filho, 41, a mulher Denize da Cruz Flora, 33, a cunhada Graziela Joaquim dos Santos, 27, que estava grávida de 3 meses, e o filho dela, Kauã dos Santos Almeida, 6.
O companheiro de Graziela também estava na festa no momento do acidente, mas até agora não foi identificado pela polícia porque estava sem documentos. Ele é a oitava vítima fatal do acidente.
De outra família morreram Paula Ramos Cardoso da Silva, 36, e a filha Amanda Cardoso da Silva, 16. O marido de Paula, Ronaldo Batista, 44, passou por cirurgia na Santa Casa e não corre risco de morte. A outra filha do casal, Marcella Barbosa Cardoso, 10, foi socorrida no Hospital da Criança e passa bem.
Numa outra família, morreu Rafaela dos Santos Barcelos, 2, filha do casal Vagner dos Santos Barcelos, 33, e Eliene Regina Silva, 32. O pai está internado na Santa Casa e a mãe está no Hospital de Base. O outro filho do casal, Lucas dos Santos, 7, recebeu alta do Hospital da Criança na manhã desta segunda-feira (25).
O trem, da ALL (América Latina Logística), estava carregado com milho e passava pelo bairro Jardim Conceição, próximo ao centro da cidade, quando descarrilou e um dos nove vagões atingiu duas casas. Outras duas ficaram prejudicadas.
Hamilton Pavam/Diário da Região | ||
Trem carregado de milho descarrilou na tarde deste domingo em São José do Rio Preto; ao menos oito pessoas morreram |
Segundo a assessoria de imprensa da ALL, diretores da empresa viajaram na noite de ontem (24) a São José do Rio Preto. A empresa também informou que está "dando prioridade ao atendimento e suporte às vítimas".
Inicialmente, um assessor disse que se tratava do maior acidente envolvendo trens da empresa. Depois, horas mais tarde, a assessoria recuou e disse que não era possível fazer essa afirmação porque não havia um levantamento sobre as ocorrências envolvendo composições da ALL.
O delegado Hélio Fernandes dos Reis, que conduz as investigações sobre o acidente, diz que pediu exames para saber se o maquinista estava embriagado. Ele também solicitou a apreensão do computador de bordo da locomotiva para averiguar a velocidade de tráfego no momento do incidente.
Na área urbana, a velocidade máxima permitida é de 40 km/h.
Em nota, a ALL diz que "lamenta profundamente a fatalidade ocorrida e se solidariza às famílias e vítimas."
Informou ainda que a velocidade dos trens é controlada por satélite e que a composição transitava dentro dos limites permitidos. "As causas do acidente serão investigadas por meio de uma sindicância", citou a empresa.
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