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18/06/2011 - 07h31

Fórum analisa mídia como ferramenta de direitos humanos

DA DEUTSCHE WELLE, NA ALEMANHA

Mídia e direitos humanos é o tema da quarta edição do Global Media Forum, promovido pela Deutsche Welle entre 20 e 22 de junho, em Bonn.

Com o tema "Direitos humanos e globalização: um desafio para a mídia", a Deutsche Welle traz políticos, especialistas e jornalistas para a quarta edição do evento.

O assunto está no foco do governo da Alemanha e de organizações internacionais, como o Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ), por exemplo.

Hans-Jürgen Beerfeltz, vice-ministro no Ministério alemão da Cooperação Econômica e Desenvolvimento, será uma das autoridades presentes no encontro, que contará com cerca de 1.500 participantes de cem países.

Na ocasião, o vice-ministro abordará o novo conceito da política alemã de ajuda ao desenvolvimento.

Compromisso mandatório Beerfeltz explica que a principal novidade é que, de agora em diante, a orientação para os direitos humanos é um compromisso mandatório. Dessa forma, a Alemanha assume um desafio.

"Colocamo-nos uma responsabilidade pelos nossos próprios atos, em organizações internacionais e em diálogos com países parceiros e com outras nações. Precisamos cumprir à risca as chamadas obrigações de Estado extraterritoriais", diz.

Tal obrigação dos governos de garantir os direitos humanos para além de suas próprias fronteiras é difícil de ser exercida no caso de cadeias de fornecimento de empresas multinacionais em países terceiros, por exemplo. Condições de trabalho desumanas e danos ao meio ambiente fazem parte do lado sombrio da globalização.

Por isso, nesta edição do Global Media Forum, uma das questões em debate nos workshops e fóruns de discussão será a seguinte: como a mídia pode atender melhor à crescente demanda por informações, análises e avaliações de contextos globais?

Do ponto de vista do diretor-geral da Deutsche Welle, Erik Bettermann, a mídia pode ser utilizada como uma importante ferramenta para a concretização dos direitos humanos. Para ele, o surgimento de canais de difusão, como blogs e mídias sociais, tornaram o universo midiático mais democrático.

JORNALISMO NA SÍRIA

Entretanto, tal cenário de liberdade midiática ainda é algo raro em sociedades fechadas. Joel Simon, diretor do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) --organização internacional representada no Global Media Forum deste ano--, cita o exemplo da Síria.

Ali é possível ver claramente os limites do jornalismo cidadão e o que ocorre quando jornalistas profissionais não estão presentes no local dos acontecimentos. "Sabemos apenas fragmentos do que acontece na Síria. São pequenas partes, sem nenhuma coerência", diz Simon.

Ele afirma ainda que o governo sírio tem impedido sistematicamente as mídias internacionais de realizarem seu trabalho.

Nessa lacuna, segundo Simon, entram os jornalistas cidadãos e os ativistas de direitos humanos. Eles arriscam suas vidas para fornecer algumas informações do que está acontecendo no país. "Mas nosso conhecimento permanece unilateral e incompleto e isso é absolutamente inaceitável", considera o diretor do CPJ.

FOCO NOS DIREITOS HUMANOS

Além do CPJ, nesta edição do Global Media Forum, questões como a da Síria serão discutidas pelo responsável por assuntos de direitos humanos e ajuda humanitária do governo alemão, Markus Löning, pelo secretário-geral do Conselho da Europa e diretor do comitê norueguês do Nobel, Thorbjorn Jagland, pelo diretor da Agência Europeia de Direitos Fundamentais, Morton Kjaerum, entre outras personalidades.

Paralelamente ao congresso em Bonn, a Deutsche Welle vem enfocando os direitos humanos em vários de seus programas. Um deles é o Direitos Humanos 2011, um projeto multimídia disponibilizado em 30 idiomas, que aborda temas como o direito a condições justas de trabalho, à alimentação e à moradia.

Continua...

 

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