Jornalista e publicitário são novos membros de órgão do colégio Santa Cruz, em SP

Após renúncia, engenheiro Pedro Viillares e advogado Roberto Quiroga completam time ao lado de Eugênio Bucci e Celso Loducca

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São Paulo

Após uma renúncia coletiva em seu Conselho Administrativo, o Colégio Santa Cruz, em São Paulo, anunciou os novos integrantes do colegiado.

São eles o publicitário Celso Loducca, fundador da agência Loducca; o jornalista Eugênio Bucci, professor da Escola de Comunicações e Artes da USP; o engenheiro Pedro Villares, diretor-presidente da Maraé Investimentos; e o advogado Roberto Quiroga, sócio fundador do escritório Mattos Filho.

Villares é ex-aluno da escola. Os demais têm filhos que estão na instituição ou já se formaram por ela.

Eles substituem no conselho o presidente do banco Itaú Unibanco, Candido Bracher;  o cientista Fernando Reinach; o administrador Ricardo Belotti; e o engenheiro Lair Krahenbuhl —com exceção do último, todos ex-alunos do colégio.

Os quatro, de um total de dez conselheiros, haviam renunciado aos seus postos após a Congregação de Santa Cruz, entidade religiosa à qual o colégio está vinculado, manifestar a intenção de transformar o conselho em órgão meramente consultivo.

Na prática, o colegiado geria o colégio nas últimas duas décadas, escolhendo dirigentes e definindo salários de professores e mensalidades, entre outras ações.

O modelo contribuiu para a manutenção do caráter pluralista e liberal do colégio, que recebe alunos de diversas outras religiões além da católica —características que a direção promete que não irão mudar.

A mudança na relação entre a antiga composição do conselho e a Congregação ocorreu após os padres canadenses, ligados aos fundadores do colégio, perderem espaço na entidade para irmãos americanos.

Na carta de renúncia, apresentada no final de fevereiro, os ex-integrantes do conselho afirmam que, no novo modelo, o colegiado passaria a responder aos executivos indicados pela Congregação em Campinas “e, em última instância, ao Conselho de Congregação composto unicamente por religiosos”.

O temor era que a escola perdesse seu caráter pluralista para ganhar um viés mais confessional.

“Tendo representado os ideais dos padres fundadores junto à comunidade de pais, alunos e docentes, alguns de nós há mais de 20 anos, julgamos necessário tornar pública esta carta, como uma forma de prestação de contas e formalização da nossa renúncia”, afirmaram os signatários.

Em declaração enviada nesta quinta-feira (14), o irmão Ronaldo Antonio de Almeida, presidente do Distrito do Brasil da Congregação de Santa Cruz afirma que “as mudanças no Conselho Administrativo não representam e não representarão qualquer alteração nos princípios educacionais do colégio e devem trazer renovação e importantes colaborações para a gestão da escola".

O diretor geral do Santa Cruz, Fábio Marinho Aidar, disse que o colégio “é uma escola católica pluralista, pertencente à Congregação de Santa Cruz, aberta a todas as opções religiosas e com um compromisso histórico de oferecer ensino humanista para formar cidadãos críticos e atuantes.”  

Os novos conselheiros passam a compor o colegiado com Aidar, o padre José de Almeida Prado, os irmãos Robert Grandmaison e Ronnie Lenno Farias Silva, a advogada Flavia Piovesan e a presidente da Fundação Bradesco Denise Aguiar Alvarez.

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