Após a UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso) ter o fornecimento de energia cortado por falta de pagamento, o Ministério da Educação afirmou nesta terça-feira (16) que irá tomar medidas administrativas e judiciais contra aqueles que chamou de "envolvidos pela má gestão" da instituição.
O anúncio foi feito no momento em que o MEC apresenta a reitores um novo programa para a gestão das universidades federais, chamado Future-se. Enquanto os dirigentes estavam na reunião, que ainda está em curso, o ministro Abraham Weintraub afirmou no Twitter que considera "um absurdo as contas de energia da UFMT não terem sido pagas".
Na nota divulgada pouco antes, o MEC afirmou vai adotar medidas emergenciais para restabelecer a energia nos campi da universidade e que, quando soube da iminência do corte na quinta-feira (11), autorizou o repasse de R$ 4,5 milhões à instituição.
A dívida com a concessionária de energia, que segundo a nota foi herdada do governo anterior, é de R$ 1,8 milhão.
Em nota, a UFMT afirmou ter sido surpreendida pelo corte de energia e disse que, assim que isso ocorreu, entrou em contato com o MEC para a liberação dos recursos necessários para o pagamento do débito. O pagamento foi feito, e o fornecimento de energia foi restabelecido no final da tarde.
O corte de luz ocorre dois dias depois de o ministro afirmar que isso não tinha acontecido com nenhuma universidade mesmo com o contingenciamento de verbas imposto pelo governo Jair Bolsonaro (PSL), que atingiu em média 30% da despesa discricionária das universidades.
Os dirigentes das instituições federais de ensino foram chamados ao MEC nesta terça-feira para conhecer as diretrizes do programa Future-se. Um dos pontos deve ser o incentivo para que as universidades busquem recursos próprios para o seu orçamento.
A adesão, segundo já afirmou o ministro, seria voluntária.
No último domingo (14), após rumores em redes sociais, o ministro negou pretender cobrar mensalidade de alunos de graduação.
Desde que assumiu o cargo, Weintraub tem relação conflituosa com as universidades e chegou a dizer que algumas delas teriam verbas cortadas por promoverem "balbúrdia" em seus campi.
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