O departamento do curso de geografia da Universidade de São Paulo suspendeu as aulas nesta quarta-feira (11) devido à confirmação de um caso de coronavírus em um aluno da instituição. Os estudantes foram avisados por email disparado no começo da tarde.
As aulas foram suspensas nesta quarta, enquanto a universidade investiga o histórico do aluno, como que disciplinas frequentou. Os demais departamentos da universidade continuarão a ter aulas normalmente, segundo informou a universidade em nota.
Como o semestre letivo começou, na prática, na última segunda (9) —a primeira semana foi de recepção de calouros, a segunda foi de Carnaval—, é possível que o estudante ainda não tenha ido à instituição.
O caso do aluno, que cursa graduação, já está contabilizado nos 52 confirmados pelo Ministério da Saúde, segundo a universidade. Ele foi contaminado pela parceira, que viajou à Itália.
Diante do avanço do novo coronavírus, representantes do Ministério da Saúde discutem a possibilidade de apresentar proposta para que escolas adiantem o período de férias de dezembro para os meses de inverno.
Outra sugestão em análise é que o período de férias de julho seja ampliado, evitando aglomerações no período em que há mais casos de gripe e resfriados e, agora, de alerta para o novo coronavírus.
A medida, porém, não seria obrigatória, nem seria recomendada a todo o país —a ideia é avaliar a possibilidade de fazer a sugestão a cidades que tiverem maior número de casos de covid-19, por exemplo, a depender de análise do cenário nos próximos meses.
A proposta faz parte de uma lista de ações em estudo do que membros do ministério chamam de medidas não farmacológicas que poderiam ser aplicadas contra o vírus.
Trata-se de ações para tentar reduzir a possibilidade de transmissão em um possível cenário de forte aumento de casos.
A escola particular paulistana Vera Cruz suspendeu as aulas de duas turmas até sexta-feira (13) depois que o pai de dois alunos do colégio teve o diagnóstico da doença confirmado —os alunos estão em quarentena e já não frequentam a escola desde terça (10).
USP cria comitê para monitorar a doença
A reitoria da universidade, em nota, informa que foi criado o Comitê Permanente USP Covid-19, que tem como objetivo acompanhar a evolução da presença do vírus entre alunos, professores e servidores da instituição e fazer recomendações.
Participarção do grupo profissionais do Hospital Universitário, da Unidade de Vigilância em Saúde do Butantan e da Coordenadoria de Vigilância em Saúde. A ideia é manter contato com autoridades estaduais e federais.
O órgão também é responsável pela interface de comunicação com as autoridades sanitárias estaduais e federais.
A Universidade afirma que, além do caso confirmado, não há nenhuma ocorrência suspeita que atenda aos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde e que manterá as atividades didáticas e administrativas.
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