Descrição de chapéu Coronavírus

Das 29 mil escolas de SP, apenas seis estão abertas a alunos

Unidades em funcionamento atendem filhos de quem trabalha em serviços essenciais

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São Paulo

Dos mais de 9,8 milhões de alunos da educação básica em todo o estado de São Paulo, apenas 390 continuam frequentando a escola durante o período de isolamento em combate ao novo coronavírus. Apenas seis colégios, dos mais de 29 mil em todo o estado, estão em funcionamento. A missão é atender filhos de profissionais de serviços essenciais.

São cinco escolas da rede municipal de São Paulo e o colégio Miguel de Cervantes, no Morumbi, na zona sul da capital. Eles estão atendendo filhos de médicos, enfermeiros, policiais militares, guardas civis, sepultadores e outros profissionais que estão na linha de frente dos cuidados contra a epidemia.

A Secretaria Municipal de Educação atende de forma emergencial apenas os alunos de 0 a 3 anos que já estavam matriculados na rede. Cinco unidades estão abertas para atender profissionais de serviços essenciais que não têm com quem deixar os filhos enquanto estão trabalhando. Segundo a pasta, cinco unidades estão abertas e até agora 90 crianças estão sendo atendidas.

Já no colégio Miguel de Cervantes, a abertura foi feita em parceria com o hospital Albert Einstein para atender aos filhos dos funcionários. Cerca de 300 crianças de 3 a 13 anos passam o dia na escola, onde são supervisionados por funcionários e voluntários. A proposta, no entanto, não é substituir as aulas que foram interrompidas, mas proporcionar cuidado e atividade para as crianças nesse período.

O número de escolas abertas para atender essas crianças representa 0,02% de todas as unidades de educação básica no estado. Ao todo, há mais de 1,1 milhão de crianças de 0 a 3 anos que não estão frequentando as creches, sendo que a maioria está matriculada em unidades mantidas pelas prefeituras (576,2 mil matrículas) e na rede particular (533,3 mil).

Também há 1,1 milhão de crianças de 4 e 5 anos matriculadas na pré-escola sem frequentar as escolas. É na educação infantil que as famílias têm tido maior preocupação, já que as aulas a distância precisam ser intermediadas pelos pais e muitas unidades preferiram antecipar as férias de julho já que as atividades remotas não funcionam para essa faixa etária.

O estado tem 7 milhões de alunos matriculados do 1º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. Para estes alunos, a Secretaria Estadual de Educação disponibilizou teleaulas que podem ser acessadas por todos independentemente de estarem matriculados em alguma escola da rede estadual - que é responsável por quase metade das matrículas nessa etapa, são cerca de 3,4 milhões de estudantes.

Além dos alunos da educação básica, outros 1,4 milhão de estudantes de cursos de graduação presencial estão sem aulas presenciais. Cerca de 1,1 milhão estuda em instituições de ensino da rede particular, onde a maioria dos cursos decidiu manter as atividades com atividades a distância.

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