Rede estadual de SP terá aula de recuperação em janeiro para compensar faltas

Alunos que não compareceram a até 75% das aulas poderão ser chamados para o reforço nas férias

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São Paulo

A rede estadual de ensino de São Paulo terá aulas de recuperação durante o mês de janeiro para os alunos que faltaram em até 75% das aulas durante o ano letivo de 2021.

O número de estudantes que vão precisar do reforço ainda será definido pelos conselhos de cada escola até esta quinta-feira (23). As aulas extras irão ocorrer entre os dias 4 e 21 de janeiro, e há possibilidade de continuar nas férias de julho.

Alunos em sala de aula da escola estadual Dom Agnelo Cardeal Rossi, no Jardim Ângela, zona sul de SP
Acúmulo de faltas não irá ser fator para reprovação de alunos em 2021 - Rivaldo Gomes/Folhapress

As aulas de recuperação serão ministradas de forma híbrida, ou seja, o aluno poderá acompanhá-las online, e irão incluir o conteúdo que estiver mais defasado em cada turma.

Desde agosto, quando as aulas voltaram a ser presenciais com a capacidade total das salas, a frequência tem beirado os 90%, segundo o chefe de gabinete da secretaria estadual de Educação, Henrique Pimentel.

​Os conselhos de classe são formados por professores, pais de alunos, funcionários e alunos, e serão os responsáveis por selecionar os estudantes que precisam das aulas extras.

A adesão ao programa de recuperação não representa garantia de aprovação do ano letivo. "Se o aluno faltar e não aprender o conteúdo, será reprovado", diz Pimentel.

A medida, segundo a secretaria estadual de Educação, visa dar nova chance de aprendizado aos alunos que tiveram problemas com o ensino remoto durante a pandemia.

"A reprovação gera evasão escolar. Por isso, nesse período de pandemia, é muito importante manter um calendário de recuperação", diz o chefe de gabinete da pasta.

Segundo Pimentel, o programa de recuperação já havia sido instituído na rede estadual, mas a ideia é retomá-lo com mais frequência neste período pós-pandemia.

Desde a chegada do coronavírus, alunos mais pobres têm tido menos acesso ao ensino remoto e menos oportunidades de voltar à sala de aula. ​

No fim de agosto, a gestão João Doria (PSDB) retirou da lista de matriculados das escolas estaduais uma série de alunos sob a justificativa de que eles deixaram de frequentar as aulas.

Questionada, a secretaria não respondeu quantos alunos foram retirados das listas de matrícula nem confirmou o motivo da exclusão, que ocorreu pela classificação de "não comparecimento".

Segundo resolução de outubro do ano passado, a vaga do aluno que atingiu um determinado número de faltas é liberada para outro.

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