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Escolas de São Paulo deixam de suspender aula em razão de casos de Covid

Nova recomendação da prefeitura é para que só quem teve sintoma seja afastado

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São Paulo

Diante da alta de casos de Covid-19 na cidade e de dezenas de casos de escolas que suspenderam as aulas presenciais, a Prefeitura de São Paulo publicou nesta terça-feira (21) portaria dizendo que não recomenda mais o afastamento de todos os alunos de uma sala ou unidade mesmo após confirmação de caso de Covid.

Segundo o texto, publicado pelas Secretarias Municipais da Saúde e da Educação, as escolas não devem afastar os alunos ou funcionários sem sintomas, ainda que tenham tido contato com alguém com suspeita ou confirmação de infecção.

Escolas de SP não devem mais suspender aulas presenciais de toda a turma
Escolas de SP não devem mais suspender aulas presenciais de toda a turma - Danilo Verpa/Folhapress

Nas últimas semanas, dezenas de escolas da rede municipal decidiram pela suspensão total ou parcial das aulas presenciais depois de terem registrado casos positivos. A Folha mostrou que não havia uma padronização entre as unidades sobre qual protocolo seguir.

A prefeitura também não sabia dizer quantas escolas suspenderam aulas.

Até então, o protocolo da prefeitura definia que deveriam ser afastados todos aqueles que tinham tido contato com a pessoa que estava com suspeita ou confirmação de infecção por Covid. Com a nova portaria, aqueles que não apresentarem sintomas, devem continuar com atividades presenciais.

"Os contatos assintomáticos devem seguir com as atividades escolares, sendo monitorados diariamente pela instituição de ensino, a fim de identificar presença de sinais e sintomas, por 14 dias após o último contato com o caso confirmado. Os casos suspeitos devem ser testados, afastando somente s casos confirmados para a doença", diz o documento.

O uso de máscaras continua opcional nas escolas, sendo apenas recomendado pela prefeitura.

Segundo a portaria, o uso de máscara só passará a ser obrigatório quando houver a confirmação de dois casos na mesma unidade. Nas creches e pré-escolas, a obrigatoriedade vale apenas para os adultos. Já nas escolas de ensino fundamental e médio, passa a ser obrigatória também para os alunos.

A obrigatoriedade vale por 14 dias após a confirmação do segundo caso de Covid.

Segundo a Secretaria da Saúde, as mudanças no protocolo foram feitas pela "necessidade de promover a continuidade das aulas presenciais, visando salvaguardar a aprendizagem, saúde mental, nutrição e proteção das crianças e adolescentes em um ambiente escolar seguro".

Também disse que a mudança foi possível já que a cidade está com alta cobertura vacinal. A pasta ressaltou que a taxa de adultos e adolescentes vacinados em São Paulo, já ultrapassou 100% para as duas doses ou dose de aplicação única.

No entanto, a taxa para o público infantil de 5 a 11 anos, faixa que abrange o maior número de alunos da rede municipal, ainda não chegou a esse patamar. Segundo a pasta, no entanto, a cobertura vacinal entre as crianças teve "avanço gradual".

A Folha mostrou que as escolas municipais e estaduais de São Paulo estavam adotando protocolos diferentes quando registram casos positivos de Covid entre alunos e professores. Em alguns casos as unidades optam pela suspensão apenas da turma, em outros pela interrupção das aulas em toda a escola. Ou ainda por manter as aulas, sem informar as famílias sobre os casos confirmados ou suspeitos.

De acordo com a portaria da prefeitura, as instituições de ensino que constatarem casos de Covid devem reportar a informação à UBS (Unidade Básica de Saúde) da região, que fará a notificação dos casos e eventuais surtos. A unidade de saúde também deve dar orientações para medidas de controle nas escolas.

As escolas também devem notificar a DRE (Diretoria Regional de Ensino).

Apesar das orientações sobre a comunicação aos órgãos de saúde, a portaria desta terça não traz nenhuma informação se as escolas devem ou não comunicar as famílias e alunos sobre os casos confirmados. ​

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