Descrição de chapéu Conservadorismo na Educação

Crianças de escola experimental criam desenhos com nanquim e xilogravura

Ilustrações foram feitas por alunos do quarto ano do Ateliescola Acaia, em São Paulo

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Guarulhos (SP)

As imagens que ilustram este caderno foram produzidas por alunos do 4º ano do Ateliescola Acaia, um dos três núcleos do Instituto Acaia, organização social privada e sem fins lucrativos localizada na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo.

As pinturas foram produzidas pelas crianças a partir da leitura do conto "As Três Laranjas Mecânicas", do livro "Volta ao Mundo em 52 Histórias", (Cia. das Letras, 160 págs.), organizado por Neil Philip. Os alunos utilizaram duas técnicas: nanquim sobre papel e xilogravura.

Ilustração em nanquim sobre papel de Tom Larson, 9, aluno do Ateliescola Acaia
Ilustração em nanquim sobre papel de Tom Larson, 9, aluno do Ateliescola Acaia - Divulgação

Ynaiá Barros, coordenadora e professora do ateliê, conta que a ideia de usar a técnica do nanquim sobre papel ocorreu em razão das representações de figuras humanas. "Com essa técnica, as formas e contornos são mais importantes. E o preto e branco é mais impactante", afirma.

Barros diz ainda que as pinturas dos estudantes foram feitas em parceria com a professora de português. Os alunos reescreveram a história e, com base na escrita, fizeram um desenho.

O Instituto Acaia foi idealizado pela escultora e desenhista Elisa Bracher, em 2001, quando circulava pelo bairro. Ela observou algumas crianças brincando de capoeira, mas, ao se aproximar, elas foram embora. Após esse episódio, Bracher teve a ideia de criar um ateliê e convidar as crianças da região das favelas do Nove, da Linha e do Conjunto Habitacional Cingapura Madeirite.

As atividades da organização se dividem em três frentes: o Ateliescola, que oferece educação formal do ensino infantil ao fundamental, em tempo integral; o Centro de Estudar Acaia, que dá aulas para alunos do ensino médio de escolas públicas para que eles consigam vagas no ensino superior; e o Acaia Pantanal, em Corumbá (MS), que disponibiliza atividades socioeducativas para a população ribeirinha.

"Escola não é só a sala de aula. Nos grandes centros, o ensino para a população de baixa renda tem que ser integral. No ateliê, as crianças têm comida, psicólogos e auxiliamos as famílias em questões jurídicas", diz Elisa Bracher.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.