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Cursos EAD aplicam metodologias ativas para atrair alunos

Estratégias visam melhoria de habilidades socioemocionais, como autonomia

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São Paulo

Faculdades de cursos a distância têm investido cada vez mais em tecnologia e metodologias ativas —técnicas que incentivam a participação e a autonomia dos estudantes. O objetivo é que, além de aprender conceitos de suas profissões, os alunos saibam utilizá-los na resolução de problemas e desenvolvam habilidades socioemocionais.

As estratégias são comuns na modalidade presencial e, antes da pandemia, já havia exemplos de adaptação para o EAD, diz Daniela Karine Ramos, professora da pós-graduação em educação da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e membro da Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância).

Um homem está sentado em uma bicicleta ergométrica, utilizando óculos de realidade virtual; ao lado dele, em pé, está o professor Danilo, que corrige a postura do rapaz durante o exercício físico
Danilo Bulgo (dir.), professor do curso de fisioterapia da Cruzeiro do Sul Virtual, propõe o uso de óculos de realidade virtual nos estágios do curso híbrido - Ricardo Benichio/Folhapress

Mas o sucesso do método ainda depende de ter professores planejando e aplicando as técnicas em turmas pequenas, para garantir a interação —em grupos grandes, só é possível com tutores.

"Quando ninguém acompanha o que o aluno faz ou os cursos são massificados para ter centenas de pessoas em uma turma, perde-se o engajamento. Tudo que é construído precisa de mediação do docente para virar aprendizado", diz Leandro Holanda, diretor da Tríade Educacional, consultoria especializada em metodologias ativas.

Para Lúcia Teixeira, presidente do Semesp (Sindicato dos Estabelecimentos Mantenedores do Ensino Superior Privado), a pandemia impulsionou a implementação de recursos tecnológicos e a adoção dessas técnicas como tentativa de diminuir a evasão.

A percepção se confirma na Cruzeiro do Sul Educacional, que somou métodos ativos ao investimento em tecnologia e à formação de professores, diz Carlos Fernando de Araújo Júnior, diretor acadêmico de EAD do grupo.

Hoje, o modelo conta com laboratórios virtuais, aprendizagem por projetos e gamificação tanto na modalidade híbrida, que tem uma aula presencial por semana, quanto no programa totalmente a distância, com dois encontros ao vivo por semana.

O objetivo é fazer com que os estudantes também desenvolvam aspectos socioemocionais valorizados no mercado.

Com metodologias ativas, mais estudantes se interessam pela carreira acadêmica e ingressam em iniciações científicas, afirma Danilo Bulgo, 33, professor e supervisor de estágio do curso de fisioterapia da Cruzeiro do Sul Virtual, oferecido no formato híbrido.

A rotação por estações é uma das ferramentas presentes nas aulas do grupo Ânima, responsável por instituições como São Judas e Anhembi Morumbi, afirma Denise Campos, vice-presidente do grupo.

Na dinâmica, os alunos passam por ambientes diversos, que incluem uma biblioteca virtual para estudar conceitos, laboratórios digitais ou físicos para atividades práticas, momentos de conversas com professores e uma situação para propor ações com o conteúdo aprendido.

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