Folha anuncia finalistas do Prêmio Empreendedor Social 2018

Política, violência, cultura de doação e sustentabilidade no campo e na cidade são foco dos concorrentes da 14ª edição

Eliane Trindade Patricia Pamplona
São Paulo

Roberta Faria, 37, e Rodrigo Pipponzi, 38, da Editora Mol, Pedro Paulo Diniz, 48, da Fazenda da Toca, e Luke Dowdney, 45, da Luta pela Paz, são os finalistas do Prêmio Empreendedor Social 2018.

Na categoria Empreendedor Social de Futuro concorrem André Biselli, 28, e Victor Castello Branco, 29, do Ecolivery Courrieros, Júlia de Carvalho, 24, do Fast Food da Política, e Mathieu Anduze, 25, e Raphael Mayer, 24, da Simbiose Social.

"Em sua diversidade, os finalistas de 2018 propõem soluções para um Brasil que precisa ser mais sustentável no campo e na cidade, combater a violência contra jovens, reforçar a cultura de doação, ser mais eficiente no direcionamento de recursos públicos e entender melhor a política e exercitar cidadania", afirma Sérgio Dávila, editor-executivo da Folha, ao sintetizar o foco de atuação das seis iniciativas que concorrem nesta edição. 

A Folha realiza a premiação desde 2005 em parceria com a Fundação Schwab, uma das comunidades do Fórum Econômico Mundial, que celebrou seus 20 anos na semana passada em Nova York. 

"Há 14 anos, a Folha faz parte desta história, como parceira que seleciona os brasileiros que vão fazer parte de uma rede internacional que promove o empreendedorismo social em todo o mundo", afirma Maria Cristina Frias, diretora de Redação do jornal. "Brasileiros que criaram tecnologias sociais inovadoras em educação, saúde, ambiente, inclusão e desenvolvimento humano. »

O mais novo integrante da Rede Schwab é Valdeci Ferreira, vencedor do Empreendedor Social 2017 pelo seu trabalho à frente da Fbac (Fraternidade Brasileira de Apoio aos Condenados), que se uniu a outros 18 brasileiros em uma comunidade de mais de 300 líderes de projetos sociais e negócios de impacto ao redor do mundo.

FINALISTAS

As seis iniciativas finalistas foram selecionadas entre 160 inscritos e também concorrem na categoria Escolha do Leitor, que está com votação aberta.

Eles chegaram à final por apresentarem soluções inovadoras em áreas diversas como ambiente, cultura de doação, cidadania, leis de incentivo, mobilidade e desenvolvimento humano.

Faria e Pipponzi criaram a Editora Mol há dez anos para publicar produtos socioeditoriais, como revistas, livros e calendários, com venda revertida para causas, usando redes de varejo para estimular a cultura de doação no país. O trabalho já destinou mais de R$ 25 milhões a 39 ONGs, entre elas o Graacc e o Instituto Ayrton Senna.

Após uma vida de piloto e glamour, Diniz passou a se dedicar à agrofloresta na fazenda da família, em Itirapina (SP). Fez de 2.300 hectares uma incubadora de sistemas que imitam a natureza, regeneram o solo e abolem agrotóxicos, com a meta de escalar o modelo que integra lavoura, pecuária e floresta para 1 milhão de hectares.

Já o boxeador e antropólogo britânico Dowdney usa artes marciais para desenvolver o potencial de jovens em favelas e comunidades violentas na Luta pela Paz. Criou a primeira academia no Complexo da Maré, onde testou a metodologia que exportou para 26 países e impactou 250 mil crianças e jovens vulneráveis.

Os amigos de infância Biselli e Castello Branco criaram a Ecolivery Courrieros para realizar entregas ecológicas em São Paulo com bikes e triciclos que são também veículos de inclusão, empregando ex-presidiários, refugiados e portadores de deficiência.

A designer Carvalho decidiu explicar o jogo político brasileiro na ONG Fast Food da Política, que usa gameficação para promover a formação cidadã por meio de plataforma online e jogos de tabuleiros. Inova na linguagem e na forma lúdica de impactar públicos variados em tempos de polarização e ameaças à democracia.

E os jovens Anduze e Mayer se embrenharam nos dados das leis de incentivo para democratizar o acesso de projetos aos recursos por meio de uma plataforma que faz o "match" entre empresas e organizações sociais para o uso dos recursos em projetos culturais, sociais e de sustentabilidade, levando transparência à aplicação dessa verba.

Todos eles terão seus perfis publicados em um caderno especial da Folha, que circulará em 13 de novembro, e concorrem em prêmios como bolsas de estudos, cursos de gestão, assessoria jurídica e mentorias.

Um júri de especialistas escolherá os vencedores, que serão anunciados em cerimônia para convidados no Teatro Porto Seguro, em 12 de novembro, em São Paulo.

Este ano, os finalistas também participarão da primeira edição do FIIS (Festival de Inovação e Impacto Social), realizado pela Folha, em parceria com Turma do Bem e Lunedi, em Poços de Caldas (MG), de 2 a 7 de novembro. Saiba mais sobre a iniciativa na página do festival.

O Prêmio Empreendedor Social tem patrocínio de Coca-Cola, IEL, uma iniciativa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e Fundação Banco do Brasil. Conta com apoio de Instituto C&A e Instituto Porto Seguro. Fundação Dom Cabral, Insper e UOL são parceiros estratégicos.

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