Criadores da Editora Mol, Roberta Faria, 37, e Rodrigo Pipponzi, 38, venceram na categoria Escolha do Leitor com 80,1% dos 516.395 votos, um recorde de engajamento. 

O anúncio foi feito na cerimônia do Prêmio Empreendedor Social na noite desta segunda-feira (12), no Teatro Porto Seguro, em São Paulo.

"Os maiores recursos são os amgios que a gente pode ter. Nossa equipe tem uma capacidade de engajar de fazer inveja a boyband", disse Roberta ao receber o troféu. "Da mesma forma que a gente consegue se unir como grupo, sabe da responsabilidade que isso traz. Vamos honrar cada um dos votos", disse Rodrigo.

A Mol produz revistas e livros que são vendidos em parceria com redes de varejo, e a verba revertida é destinada a ONGs. Com mobilização sem precedentes, a editora conquistou larga fatia desde o início da votação e manteve a liderança durante todo o pleito.

A categoria, de patrocínio exclusivo da Fundação Banco do Brasil, recebeu os mais de 515 mil votos ao longo dos 40 dias que a votação ficou no ar no site da Folha. A decisão foi feita com base nos vídeos de um minuto em que os empreendedores contaram a sua história e a de sua iniciativa.

Faria e Pipponzi disputaram a categoria com os outros cinco finalistas do Prêmio Empreendedor Social – Pedro Paulo Diniz, 48, da Fazenda da Toca; e Luke Dowdney, 46, da Luta pela Paz– e do Empreendedor Social de Futuro –Mathieu Anduze, 25, e Raphael Mayer, 24, da Simbiose Social; André Biselli, 28, e Victor Castello Branco, 29, da Ecolivery Courrieros; e Júlia Carvalho, 24, da Fast Food da Política.

Futuro

Também foi anunciado na noite desta segunda o ganhador do Prêmio Empreendedor Social de Futuro.

Na categoria destinada para líderes com até 35 anos à frente de iniciativas em desenvolvimento, Mathieu Anduze, 25, e Raphael Mayer, 24, ganharam o prêmio jovem pela Simbiose Social. Fundada em 2017, a startup democratiza o acesso aos recursos de leis de incentivo com uma plataforma que permite às empresas encontrarem projetos alinhados com suas demandas.

"Estamos em uma mudança de era, onde o novo já surgiu, mas o velho está presente", afirmou Mayer ao receber o troféu. "Em muito pouco tempo não vai existir empreendedorismo sem ser social. Só ganhar dinheiro, sem propósito, não faz mais sentido."

"É uma honra estar no meio de pessoas incríveis que geram impacto social com a gente", complementeu Anduze.

A Folha também lançou uma categoria para homenagear pequenas iniciativas de grande impacto social, o Troféu Grão.

A vencedora foi Germana Soares, da UMA (Associação de União de Mães de Anjos), organização não-governamental pernambucana que atua em áreas emergenciais no auxílio a crianças com a síndrome congênita do vírus da zika.

"Não estou apenas lutando por direitos fundamentais, mas direitos de pessoas vítimas do descaso", disse a empreendera social ao receber o troféu. "Agradeço por mais essa oportunidade. Com muita guerra, consegui dar voz a essas pessoas."

O Prêmio Empreendedor Social tem patrocínio de Coca-Cola, IEL, uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria, e Fundação Banco do Brasil. Conta com apoio de Instituto C&A e Instituto Porto Seguro. ESPM, Fundação Dom Cabral, Insper e UOL são parceiros estratégicos.

Leia nesta terça (13), na Folha, o caderno especial sobre os finalistas da edição deste ano