Nova categoria e cultura de doar são destaques do prêmio em 2018

Troféu Grão reconhece pequenas organizações e editora inova em captação para ONGs

Eliane Trindade Patricia Pamplona
São Paulo

O Prêmio Empreendedor Social reconhece em sua 14ª edição negócios e iniciativas de impacto social que transformam a realidade brasileira em áreas estratégicas.

Os vencedores foram escolhidos entre 160 inscritos e premiados nesta segunda-feira (12), em São Paulo.

"Em sua diversidade, os finalistas de 2018 oferecem soluções para um Brasil que precisa ser mais sustentável e eficiente no campo e nas cidades", afirma Maria Cristina Frias, diretora de Redação da Folha, sobre a categoria realizada em parceria com a Fundação Schwab, entidade-irmã do Fórum Econômico Mundial.

O troféu de Empreendedor Social do Ano 2018 foi conquistado por Roberta Faria e Rodrigo Pipponzi, sócios da editora Mol. Com seus produtos socioeditoriais, a empresa social já distribuiu R$ 25 milhões em doações para ONGs.

Eles saem duplamente vitoriosos por conquistarem a predileção do júri e a dos internautas. Venceram na categoria Escolha do Leitor, com recorde de engajamento: 80,1% dos mais de 500 mil votos da enquete realizada no site da Folha nos últimos 40 dias.

Disputaram a categoria principal Pedro Paulo Diniz, da Fazenda da Toca, e Luke Dowdney, da Luta pela Paz.

A Folha também reconhece na categoria Empreendedor Social de Futuro iniciativas ainda em fase inicial.

"São jovens com imenso potencial transformador e que neste ano mostram como o Brasil pode usar com mais eficiência recursos de renúncia fiscal, melhorar a mobilidade urbana com entregas ecológicas e usar jogos para promover educação política e cidadã", afirma Sérgio Dávila, editor-executivo do jornal.

Entre os empreendedores sociais de até 35 anos, os vencedores foram Mathieu Anduze, 25, e Raphael Mayer, 24, fundadores da Simbiose Social. Superaram na preferência do júri André Biselli e Victor Castello Branco (Ecolivery Courrieros), e Júlia Carvalho (Fast Food da Política).

Para atender a todo o ecossistema de empreendedorismo social no país, a Folha lança neste ano uma categoria para premiar projetos e ONGs que endereçam causas e problemas emergenciais brasileiros. "O Troféu Grão nasce com o objetivo de dar visibilidade e chancela para pequenas iniciativas de grande impacto social", explica a editora do Prêmio Empreendedor Social, Eliane Trindade.

O nome remete a germinar, criar algo e gerar vida, além do fazer de grão em grão. Conceitos levados em conta para a escolha feita pelo comitê organizador da premiação. O Troféu Grão de 2018 vai para a UMA (União de Mães de Anjos), grupo de militantes em defesa dos direitos de crianças com síndrome congênita do vírus da zika em Pernambuco.

A equipe de avaliação formada por jornalistas da Folha e consultores independentes foi a quatro estados ver o impacto das organizações que chegaram à final. Trabalho que resultou em 108 páginas de relatório para o júri, em documentários e nos perfis publicados neste caderno.

O Prêmio Empreendedor Social tem patrocínio de Coca-Cola, IEL, uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria, e Fundação Banco do Brasil. Conta com apoio de Instituto C&A e Instituto Porto Seguro. ESPM, Fundação Dom Cabral, Insper e UOL são parceiros estratégicos.

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