Os agraciados com o Prêmio Empreendedor Social deste ano, cuja cerimônia aconteceu nesta segunda (12) no Teatro Porto Seguro, em São Paulo, têm uma certeza em comum: a vitória é uma forma de projetar o empreendedorismo de impacto social como modelo de negócio cada vez mais viável no Brasil.
O troféu mostra que essa forma de empreender também pode ser replicada em outras empresas, na avaliação de Roberta Faria, da Editora Mol, vencedora do Prêmio Empreendedor Social e da Escolha do Leitor ao lado do sócio, Rodrigo Pipponzi.
A editora produz livros e revistas vendidos em redes de varejo, e reverte sua verba para 49 ONGs. Disputou a categoria com a Fazenda da Toca, de Pedro Paulo Diniz, e a Luta pela Paz, de Luke Dowdney.
"Quando começamos, havia apenas empresas tradicionais e ONGs. Hoje, vemos novos negócios sociais e uma geração comprometida com propósito, não só dinheiro", afirmou Roberta.
A empreendedora social afirma ainda que, no futuro, não será mais possível abrir um negócio sem levar em conta seu impacto social. Ideia que vai ao encontro da de Raphael Mayer, da Simbiose Social, que levou a categoria Empreendedor Social de Futuro, destinada a jovens de até 35 anos, junto ao sócio Mathieu Anduze.
“Só ganhar dinheiro, sem propósito, não faz mais sentido”, disse Raphael no palco, ao receber o prêmio.
A Simbiose Social criou uma plataforma que democratiza o acesso a recursos de leis de incentivo permitindo um “match” entre projetos e empresas.
Para Anduze, ao amplificar iniciativas bem sucedidas de empreendedorismo social, o prêmio tem um “poder de inspiração” muito mais importante que a visibilidade de seu próprio negócio.
“Despertar essa faísca do impacto social em outras pessoas é nosso maior ganho”, afirmou.
Eles disputaram o prêmio com André Biselli e Victor Castello Branco, da Courrieros, e Júlia Carvalho, da Fast Food da Política.
O Prêmio Empreendedor Social é uma parceria da Folha com a Fundação Schwab, entidade ligada ao Fórum Econômico Mundial, que completa 15 anos em 2019.
A premiação tem patrocínio de Coca-Cola, IEL, iniciativa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), e Fundação Banco do Brasil. É apoiada pelo Instituto C&A e Instituto Porto Seguro. São parceiros estratégico ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), Fundação Dom Cabral, Insper e UOL.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.